“Governador terá tempo de sentar e ouvir suas bases”, diz Lissauer sobre presidência da Alego

Atual presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira deixa a Casa no próximo ano

Postado em: 22-10-2022 às 08h22
Por: Francisco Costa
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Atual presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira deixa a Casa no próximo ano. | Foto: Reprodução

Atual presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado Lissauer Vieira (PSD) deixa a Casa no próximo ano. Questionado sobre quem pretende apoiar para assumir a mesa diretora no lugar dele, o parlamentar diz que isso dependerá do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). “O governador terá tempo de sentar e ouvir suas bases”.

Lissauer afirma que tem amizade com os deputados, mas que irá seguir o que for combinado com o governador. Ele nega que tenha preferências. Nos bastidores, tem circulado que ele estaria com Virmondes Cruvinel (União Brasil). “A minha preferência é o que o grupo do governador e a maioria escolher”, escorrega.

Sobre os candidatos, ele cita que todos os nomes são legítimos: Virmondes, Bruno Peixoto (União Brasil), Lincoln Tejota (União Brasil), Renato de Castro (União Brasil) e Cairo Salim (PSD). “O governador vai ter o tempo de sentar, ouvir as bases, a bancada, me ouvir…”, reforça.

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Durante a conversa, Lissauer também enumerou brevemente as conquistas de seus dois mandatos. Ele lembrou das votações que garantiram reformas estruturantes “e importantíssimas que nenhuma outra gestão fez”; a garantia do duodécimo, “sempre cumprido rigorosamente pelo governador e que ajudou na conclusão da nova sede”; e as emendas impositivas, “que resultou nas urnas, tendo a grande maioria dos reeleitos aumentado a votação”.

Cotados e aliados

O governador Ronaldo Caiado só deve se manifestar sobre a presidência da Alego após o segundo turno das eleições. “Ele vai esperar passar o segundo turno. Sou da base, então [depois] vou sentar com ele. Caiado será peça fundamental”, diz Cairo Salim. “Ele irá articular melhor [nesta eleição].”

Ao O Hoje, o deputado reeleito, que tem interesse no cargo, disse que o sentimento da Casa é que o nome não tenha ligação com a atual mesa. “O jogo está bem aberto.”

Também ao Jornal, o ainda vice-governador Lincoln Tejota deixa claro, com o pé no chão, que o cargo está no radar. Terceiro mais bem votado do União Brasil – partido do governador Ronaldo Caiado –, ele conversou com o jornal O Hoje. Segundo ele, tudo dependerá do chefe do Executivo e seu grupo. 

“A presidência da Assembleia Legislativa é um posto que, a meu ver, todo deputado almeja. Mas isso depende da vontade de um grupo, e sou da política de grupo, de entendimento. E estou no grupo liderado pelo nosso governador Ronaldo Caiado. Fui o terceiro mais votado de meu partido, que é o partido do governador, do qual sou vice atualmente, na atual gestão. Gestão pela qual tenho total alinhamento, por isso é natural ser um dos nomes citados para concorrer”, avalia.

Um interlocutor de Virmones diz que muito pode ocorrer nesses quatro meses, mas que Cruvinel está articulando. Essa pessoa garante que o parlamentar entende que o Legislativo precisa ter uma relação de maturidade para que as matérias de interesse do governo e da sociedade fluam na Casa. “Mas harmonia não significa perda de autonomia.” 

Para a fonte, o deputado estadual está pronto. “Está no terceiro mandato, tem maturidade, vivência, sabe ouvir e respeitar cada colega”. De fato, o deputado é visto como figura pacificadora dentro da Casa. 

Ex-vereador por Goiânia e irmão do deputado Bruno Peixoto (União Brasil), Wellington Peixoto diz que tem conversado com alguns parlamentares (reeleitos e vereadores que ascenderam, como Mauro Rubem e Clécio Alves) e muitos falam do aliado dele. “Por ele ter sido líder do governo, apareceu muito. Além disso, ajudou muitos a irem para a base, o que fortalece essa possibilidade.”

“Eu também conversei com o Bruno e ele admite que está à disposição. Contudo, afirma que irá esperar o governador para ele decidir se o quer como líder, se irá escolher alguém… o governador Ronaldo Caiado pediu que os deputados ainda não se movimentassem. Que depois irá se reunir para discutir.”

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