Entorno do DF terá protagonismo na eleição do presidente da Alego

Seis dos 41 deputados estaduais são do Entorno. Com mais de 14,5% dos membros da Assembleia Legislativa de Goiás e nomes de peso, os interessados na presidência da mesa diretora deverão procurá-los para garantir a eleição

Postado em: 25-10-2022 às 06h45
Por: Francisco Costa
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Seis dos 41 deputados estaduais são do Entorno. Com mais de 14,5% dos membros da Assembleia Legislativa de Goiás e nomes de peso, os interessados na presidência da mesa diretora deverão procurá-los para garantir a eleição. | Foto: Agência Alego

Neste momento, existem cinco [pré-]candidatos à presidência da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Estes, contudo, ainda não tem os “eleitores” definidos, ou seja, os deputados que os levarão ao comando do parlamento goiano. Nesse sentido, uma boa fatia estará concentrada nos representantes do entorno do Distrito Federal. Serão seis na próxima legislatura, que começa a partir de fevereiro de 2023.

São dois de Luziânia, Wilde Cambão (PSD) e Cristóvão Tormin (Patriota); dois de Valparaíso de Goiás, Quirino (Republicanos) e Zeli (PRTB); um de Santo Antônio de Descoberto, André do Premium (Avante); e um de Águas Lindas de Goiás, Anderson Teodoro (Avante). Juntos, eles somaram mais de 151 mil votos. Peso eleitoral que eles podem usar na negociação junto aos postulantes da mesa diretora, uma vez que representam mais de 14,5% de toda a Casa, que tem 41 membros. 

E vale citar, a região concentra ainda mais números: as nove cidades goianas que fazem fronteira com o DF possuem um ativo eleitoral próximo dos 800 mil votos – tanto que também elegeram dois deputados federais: Célio Silveira (MDB) e Lêda Borges (PSDB). Com um ativo desses, fica difícil ignorar a região na partilha de poder, seja na Mesa Diretora da Alego ou na mesa de reuniões do secretariado do governador Caiado.

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Nomes do entorno na Alego 

Wilde Cambão já é parlamentar da Casa. Experiente, foi reeleito com 29,9 mil votos. Cristóvão Tormin, além de ex-deputado estadual, foi ex-prefeito de Luziânia. Ele teve 17,4 mil eleitores no pleito. Quirino, que teve 31,5 mil confirmações nas urnas, é pastor e é ligado à igreja Universal. Já Zeli (20,9 mil votos) é vice-prefeito de Valparaíso, aliada do prefeito Pábio Mossoró (MDB), um dos nomes mais fortes da região do entorno, uma vez que é presidente da Associação dos Municípios Adjacentes de Brasília (Amab). 

Já André do Premium é empresário e bateu na trave, em 2020, quando disputou a prefeitura de Santo Antônio do Descoberto. Ele foi derrotado por uma diferença de 2 mil votos pelo prefeito Aleandro Caldato. Por fim, Anderson Teodoro, que tem origem no PSDB – e foi aliado do ex-prefeito Hildo do Candango e do ex-governador Marconi Perillo –, foi secretário e ex-vereador de destaque em Águas Lindas de Goiás.

Dito isto, os nomes que se colocaram à disposição deverão buscar um consenso entre esse grupo. Além disso, incluí-los dentro da própria mesa. Hoje, estão de olho no comando da Casa: o líder do governo Bruno Peixoto (União Brasil), Virmondes Cruvinel (União Brasil), Renato de Castro (União Brasil), Lincoln Tejota (União Brasil) e Cairo Salim (PSD). 

Com colaboração de Wilson Silvestre

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