Comissão definirá prévias no PSDB

Proposta feita pelo governador Marconi Perillo vai definir forma de escolha do candidato tucano para a disputa pela presidência nas eleições de outubro

Postado em: 08-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Proposta feita pelo governador Marconi Perillo vai definir forma de escolha do candidato tucano para a disputa pela presidência nas eleições de outubro

O PSDB nacional decidiu criar uma comissão formada por ex-presidentes da legenda cujo objetivo é discutir e definir as regras das prévias presidenciais do partido. A proposta foi apresentada pelo governador Marconi Perillo e acatada pela Executiva Nacional em reunião realizada ontem, em Brasília. Marconi foi incumbido pelo presidente do PSDB, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, de conduzir as discussões sobre as primárias no partido,

No encontro de ontem Marconi coordenou os debates em torno da definição das regras para a realização das prévias que definirão o candidato tucano à disputa pela Presidência da República em outubro. No encontro, os tucanos também acertaram outros detalhes do planejamento para as eleições deste ano, cujo primeiro turno será em 7 de outubro.

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Primeiro vice-presidente do PSDB, Marconi foi peça chave na pacificação do partido, que levou Alckmin à presidência. Também participaram da reunião o deputado federal e presidente do PSDB em Goiás, Giuseppe Vecci; os governadores do Paraná, Beto Richa, e do Mato Grosso, Pedro Taques; o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); e o prefeito de São Paulo, João Doria. 

Marconi tem participado das principais articulações políticas do PSDB. No sábado, 3, o governador esteve em Cuiabá, onde se reuniu com o governador Pedro Taques e o deputado estadual Nilson Leitão. Na oportunidade, costurou a pacificação entre os líderes mato-grossenses, depois que Taques chegou a cogitar deixar o partido em função de divergências com Leitão, pré-candidato ao Senado.

Marconi foi eleito primeiro vice-presidente em dezembro passado. Junto com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presidente eleito, eles ficam no comando do partido até 2019.  “Marconi teve um gesto de desprendimento, atuou pela unidade do PSDB e por isso se tornou um esteio do partido”, disse Alckmin, à época, em referência à candidatura de Marconi à presidência da legenda. 

Partido não vai punir voto contra a reforma 

A Executiva Nacional do PSDB decidiu ontem reafirmar o fechamento de questão e orientou que os 46 deputados da legenda votem pela aprovação da reforma da Previdência, mesmo com a bancada dividida na Câmara. O presidente da legenda e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu, no entanto, que quem votar contra não sofrerá nenhuma sanção interna.

A medida já havia sido aprovada na reunião da Executiva em dezembro. O governador de Goiás, Marconi Perillo, foi um dos que defenderam punição àqueles que votarem contra a proposta, mas foi voto vencido. “Se não aprovar a reforma da Previdência agora, o Brasil vai quebrar”, alertou Perillo.

Alguns governadores presentes à reunião em Brasília destacaram a necessidade de fazer a reforma da Previdência também nos estados. O governador Pedro Taques, do Mato Grosso, adiantou que fará uma reforma previdenciária no estado nos próximos três meses, elevando a contribuição de 11% para 13%.

Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a previsão da votação da reforma da Previdência está mantida para o dia 20 de fevereiro. A declaração foi feita a jornalistas, na porta da residência oficial da Câmara, no Lago Sul, após o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), dizer que a votação deve ocorrer até o dia 28 de fevereiro. (Agência Brasil) 

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