“Estamos aguardando o Valdemar”, diz Mofatto sobre retorno à presidência do PL

Mais de um mês após o primeiro turno, a legenda segue nas mãos de Major Vitor Hugo

Postado em: 11-11-2022 às 09h00
Por: Francisco Costa
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Mais de um mês após o primeiro turno, a legenda segue nas mãos de Major Vitor Hugo. | Foto: Reprodução

Antes mesmo da campanha ter início, circulou a informação que o comando do PL em Goiás retornaria para a deputada federal Magda Mofatto após as eleições. Mais de um mês após o primeiro turno, a legenda segue nas mãos de Major Vitor Hugo, deputado federal e candidato derrotado ao governo de Goiás. “Estamos aguardando Valdemar Costa Neto [presidente nacional da sigla] decidir”, disse a parlamentar reeleita brevemente ao Jornal O Hoje. 

Vale lembrar, Vitor Hugo assumiu o comando do PL em Goiás na primeira quinzena de maio. Ele se tornou presidente do diretório estadual alguns dias após Magda Mofatto ter sido empossada. Inclusive, em vídeo divulgado nas redes sociais, à época, a liderança do Major foi reiterada pelo presidente nacional da legenda. 

Isso ocorreu quando Magda e o presidente anterior, Flávio Canedo, estavam em viagem aos Estados Unidos. Naquele momento, eles disseram que foram pegos de surpresa com o anúncio. Antes, eles divulgaram nota de “silêncio” sobre o ocorrido. “Silêncio fala mais que mil palavras”, foi o posicionamento oficial dos ex-presidentes do PL no dia que a posse de Vítor Hugo foi anunciada.

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Tempos depois, aliados de Magda garantiram que ela retornaria à presidência do partido após a eleição para o governo de Goiás deste ano. O próprio Vitor Hugo não desmentiu as informações. “Se eu perder, eu não tenho essa gana de ficar.”

Ele disse que não tinha pretensões partidárias e que só assumiu a presidência para dar unidade ao projeto de disputa ao Palácio das Esmeraldas. “Eu preferia não estar à frente de nenhum partido, preferia estar voltado para a eleição, para o governo, para a confecção do plano de governo. Não tenho paixão pela vida partidária”, destacou.

Vale lembrar, Magda tinha assumido a liderança da sigla no último dia 8 de maio no lugar do marido, Flávio Canedo. Nos bastidores, o clima já era de insatisfação dentro da legenda, uma vez que Vitor Hugo foi lançado como pré-candidato ao governo por imposição do presidente Bolsonaro.

A ex-presidente do PL articulava há meses para que o partido apoiasse a pré-candidatura do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) e Vitor Hugo teria sido imposto sem conversar com as bases do partido, revelaram interlocutores ao O Hoje.

Inclusive, no fim de maio – já fora da presidência – Magda afirmou que estaria com o ex-prefeito de Aparecida. “Já mostrou serviço, capacidade e competência, e Goiás quer mudança”, disse. “É a minha escolha.”

No fim das contas, nem Mendanha e nem Vitor Hugo conseguiram levar o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ao segundo turno. O atual mandatário foi reeleito em 2 de outubro com 51,81% dos votos, enquanto o ex-prefeito de Aparecida marcou 25,2% e o deputado federal 14,81%, mesmo sendo o candidato de Bolsonaro (PL) em Goiás – no Estado, o atual presidente teve 58,71% dos votos válidos no segundo turno contra 41,29% de Lula (PT), vencedor do pleito. 

Mas apesar de não conseguir um bom resultado na corrida pelo Palácio das Esmeraldas, o Major na liderança do partido conseguiu o melhor desempenho na Câmara Federal por Goiás este ano. Elegeu quatro deputados: Gustavo Gayer, Professor Alcides, Daniel Agrobom, além da própria Magda Mofatto. 

O Hoje procurou o atual comandante da legenda que, por meio de sua assessoria, preferiu não comentar a situação neste momento. O jornal também tentou contato com Flávio Canedo, mas não teve sucesso.

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