Accorsi é cotada em possível ministério e Edward pode assumir cadeira na Câmara

Os ministérios de Lula ainda são um mistério. Entre os cotados, contudo, já é citado o nome da Delegada Adriana Accorsi, eleita deputada federal, para a Segurança Pública

Postado em: 15-11-2022 às 09h15
Por: Francisco Costa
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Os ministérios de Lula ainda são um mistério. Entre os cotados, contudo, já é citado o nome da Delegada Adriana Accorsi, eleita deputada federal, para a Segurança Pública. | Foto: Reprodução

Nenhuma informação é, de fato, concreta quando o assunto são os ministérios do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nem sobre os nomes e nem sobre a quantidade de pastas que podem compor o governo – e quais. Entretanto, entre as possibilidades discutidas pelos bastidores está a criação do Ministério da Segurança Pública, tendo um dos possíveis nomes o da deputada federal eleita, Delegada Adriana Accorsi (PT). 

Caso isso se concretize, a Câmara Federal abre uma vaga e quem assume é o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), primeiro suplente de Accorsi. A petista teve 96,7 mil votos no pleito deste ano. O professor, 54,9 mil, o segundo mais votado entre os não eleitos. 

Ao Jornal O Hoje, Edward afirmou que ouviu o assunto [do ministério] pela primeira vez entre o primeiro e segundo turno, no caso de vitória de Lula – que se confirmou. “Agora estou acompanhando, internamente não participei de nenhuma conversa. Mas imagino que já seja tratado em Brasília, pela equipe de transição”, argumenta. “Mas eu estou ciente”, reforça.

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Para Edward, a possibilidade de Adriana entrar neste ministério é muito importante. Inicialmente, ele cita que a indicação levaria em conta a trajetória da delegada, que seria uma quadro importante e com experiência.

“Além disso, é importante para Goiás ter um espaço relevante no Governo Federal, apesar do Lula não ter vencido aqui.” Edward cita que, mesmo com o favoritismo de Bolsonaro, o ex-presidente e agora presidente eleito teve votação importante no Estado.

Vale citar que o petista teve 41,29% dos votos válidos contra 58,71% do atual chefe do Executivo federal. Muitos atores políticos bolsonaristas acreditavam que Bolsonaro “bateria” os 70% em Goiás. Nacionalmente, a vitória de Lula foi de 50,9% a 49,1%. 

“O Estado mostrou força na disputa”, continua o ex-reitor da UFG. Ainda segundo ele, também seria uma forma de reconhecer outras vitórias, como o fato da bancada na Câmara ter sido dobrada (foi de um para dois deputados) e a estadual ter crescido 50% (de dois para três). “Foi um desempenho interessante”, cita a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que passou perto do quarto petista eleito. 

Em relação ao seu papel, caso assuma uma cadeira no Congresso, Edward afirma que levará adiante a iniciativa da bancada da educação. “De uma forma ou de outra trabalharei por isso. Mas estando lá é diferente.”

Goianas cotadas

Accorsi não é a única goiana cotada para assumir um ministério de Lula. Corre, ainda que timidamente, o nome da médica goiana Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde. A informação foi divulgada pelo Poder360, site especializado em política de Brasília, dirigido pelo jornalista Fernando Rodrigues. 

A médica, que carrega no currículo atendimento com grandes personalidades. De Anápolis, ela é cardiologista e chegou a ter o nome ventilado para compor a pasta de Saúde do atual presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal. A maneira com que Bolsonaro tratou a pandemia do novo coronavírus afastou a profissional da proposta. 

Ainda conforme o site Poder360, Ludhmila Hajjar é aposta do Congresso Nacional e do ministro Gilmar Mendes, um dos membros que a cotaram no  Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Mendes, a médica também atende o ministro Dias Toffoli. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), é outro que enxerga em Hajjar um bom nome para a pasta.

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