PT costura estratégia de olho na prefeitura de Goiânia em 2024

Políticos de carreira, habilidosos que são, estão sempre de olho nas próximas disputas ainda que o mandato sequer tenha começado

Postado em: 16-11-2022 às 08h30
Por: Felipe Cardoso
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Políticos de carreira, habilidosos que são, estão sempre de olho nas próximas disputas ainda que o mandato sequer tenha começado. | Foto: Ricardo Stuckert

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República deu início a uma série de discussões sobre a composição de seu quadro de auxiliares. O candidato do PT, vale lembrar, se lançou na disputa pela presidência em um projeto abarrotado de aliados.  Ao todo, dez diferentes partidos políticos caminharam com o presidente. Outros se juntaram a ele no segundo turno. Isso trouxe a Lula a difícil missão de, agora, escolher a dedo seus indicados para cargos estratégicos. 

Porém, há, em paralelo, o anseio do PT em avançar rumo às prefeituras no ano de 2024. Políticos de carreira, habilidosos que são, estão sempre de olho nas próximas disputas ainda que o mandato sequer tenha começado, com a cúpula petista não poderia ser diferente. Paira, portanto, nos bastidores do núcleo duro do PT o rumor de que o nome da deputada federal eleita, Adriana Accorsi, tem fortes chances de prosperar em meio a esse estrito quadro de indicações. 

Fiel escudeira do presidente eleito, interlocutores não hesitam em afirmar que Accorsi jamais negaria um eventual chamado do presidente. Nenhuma informação é, de fato, concreta quando o assunto envolve os ministérios. Entre as possibilidades discutidas está a criação do Ministério da Segurança Pública, e é para ele que o nome de Accorsi circula com certo protagonismo.

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O desenho, segundo lideranças consultadas e caso a investida se concretize, seria o seguinte: com Adriana no Ministério, a Câmara Federal abriria espaço para o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), primeiro suplente de Accorsi. A petista teve 96,7 mil votos no pleito deste ano. O professor, 54,9 mil, o mais votado entre os não eleitos. Edward é ligado à Educação e poderia auxiliar o governo eleito em pautas importantes para o setor no Congresso. 

Em paralelo, Adriana ganharia, uma vez no ministério, projeção nacional. Isso levaria a petista a um lugar de destaque na disputa pela prefeitura de Goiânia em 2024. Adriana, ao menos por enquanto, nega que tenha esse interesse, mas, de novo, fontes atestam que ela não hesitaria em disputar — como já disputou outras vezes — a pedido do presidente. 

Ao O HOJE, Edward comentou as informações que ainda pairam no campo das especulações. Ele disse, de fato, ter ouvido falar sobre o assunto. “Estou acompanhando, internamente não participei de nenhuma conversa. Mas imagino que já seja tratado em Brasília, pela equipe de transição”, argumenta. “Mas eu estou ciente”, reforça.

Para Edward, ter Adriana à frente desse ministério seria algo importante para o Brasil. Inicialmente, ele cita que a indicação levaria em conta a trajetória da delegada, que seria uma quadro importante e com experiência. “Além disso, é importante para Goiás ter um espaço relevante no Governo Federal, apesar do Lula não ter vencido aqui”, completa. Edward cita que, mesmo com o favoritismo de Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente e agora presidente eleito teve votação importante em solo goiano. 

Outros nomes

Accorsi não é a única goiana cotada para assumir um ministério de Lula. Corre, ainda que timidamente, o nome da médica goiana Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde. A informação foi divulgada pelo Poder360, site especializado em política de Brasília, dirigido pelo jornalista Fernando Rodrigues. 

A médica, que carrega no currículo atendimento com grandes personalidades. De Anápolis, ela é cardiologista e chegou a ter o nome ventilado para compor a pasta de Saúde do atual presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal. A maneira com que Bolsonaro tratou a pandemia do novo coronavírus afastou a profissional da proposta. 

Ainda conforme o site Poder360, Ludhmila Hajjar é a aposta do Congresso Nacional e do ministro Gilmar Mendes, um dos membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Mendes, a médica também atende o ministro Dias Toffoli. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), é outro que enxerga em Hajjar um bom nome para a pasta.

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