Caiado vence primeiro round da queda de braço com o agro
Deputados governistas mostraram força ao aprovar, a contragosto da oposição e dos manifestantes, projeto de lei que prevê a taxação do setor
Por: Felipe Cardoso
Apesar da acalorada presença de representantes do agronegócio pelo segundo dia consecutivo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), os deputados governistas mostraram força ao aprovar, a contragosto da oposição e dos manifestantes, o projeto de lei que prevê a taxação do setor. Ao todo, 22 deputados votaram favoráveis e outros 16 contrários a proposta.
Manifestantes acompanharam a sessão plenária que, inclusive, sofreu um atraso de mais de 30 minutos em função da presença dos agropecuaristas que ocuparam o plenário. Depois de contornada a situação é que o presidente, Lissauer Vieira (PSD), deu início ao primeiro encontro do dia.
O clima, pelo segundo dia consecutivo, foi de tensão. Deputados da base e oposição usaram a tribuna para comentar a matéria que divide o Parlamento. Como mostrado pelo O HOJE, o texto assinado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) cria uma espécie de “contribuição agropecuária” em Goiás. Na prática, a proposta prevê a taxação de produtos ligados ao setor.
O dinheiro arrecadado será destinado, segundo a matéria, a um fundo de investimento em infraestrutura. O assunto, assim como ontem, foi pauta do encontro entre os deputados ao longo de todo o dia. Depois de passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), a matéria chegou ao Plenário onde tramitou em primeira fase de discussão e votação.
Vaias e aplausos voltaram a dar o tom das reuniões que se estenderam até às 21h50 da última quinta. As vaias foram novamente direcionadas aos governistas que se arriscaram defender a matéria – ou optaram pelo silêncio durante a discussão do assunto. Quanto aos aplausos, esses ficaram com a oposição que não hesitou em rechaçar o texto da governadoria. A proposta será apreciada em segunda fase de discussão e votação na próxima terça-feira, 22. Veja como votou cada um dos deputados na primeira fase:
Votaram a favor da taxação:
- Álvaro Guimarães
- Amilton Filho
- Bruno Peixoto
- Cairo Salim
- Charles Bento
- Coronel Adailton
- Dr. Antonio
- Dr. Fernando Curado
- Francisco Oliveira
- Henrique Arantes
- Henrique César
- Jeferson Rodrigues
- Julio Pina
- Karlos Cabral
- Lêda Borges
- Lucas Callil
- Max Menezes
- Rafael Gouveia
- Rubens Marques
- Talles Barreto
- Thiago Albernaz
- Tião Caroço
- Virmondes Cruvinel
- Wagner Camargo Neto
- Wilde Cambão
- Zé da Imperial
Votaram contra a taxação:
- Alysson Lima
- Amauri Ribeiro
- Antônio Gomide
- Chico KGL
- Cláudio Meirelles
- Del. Adriana Accorsi
- Del. Eduardo Prado
- Del. Humberto Teófilo
- Gustavo Sebba
- Helio de Sousa
- Lissauer Vieira
- Major Araújo
- Paulo Cezar
- Paulo Trabalho
- Sergio Bravo
- Zé Carapô
Ausentes:
- Lêda Borges
- Karlos Cabral
- Henrique Arantes