Pelo menos nove goianos participam do grupo de transição de Lula

A equipe de transição do ex-presidente e agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem quase mil nomes

Postado em: 05-12-2022 às 08h50
Por: Felipe Cardoso
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A equipe de transição do ex-presidente e agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem quase mil nomes. | Foto: Reprodução

A equipe de transição do ex-presidente e agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem quase mil nomes. Entre eles, pelo menos nove goianos. Só na semana passada, foram dois: o policial rodoviário federal Fabrício Rosa, que também é suplente de deputado estadual; e Deryk Santana, produtor cultural do Instituto Federal Goiano (IFG). Destaca-se, eles foram nomeados, respectivamente, para os grupos de Justiça e Segurança Pública e Cultura, na quinta-feira (1º), no Diário Oficial da União.

Os demais convocados foram: a deputada estadual e deputada federal eleita, Delegada Adriana Accorsi (PT), para Justiça e Segurança Pública; o ex-secretário de Saúde de Goiás e deputado federal eleito Ismael Alexandrino (PSD) e a médica Ludhmila Hajjar, ambos na Saúde; a vereadora por Goiânia e presidente metropolitana do PSDB, Aava Santiago, para o grupo de transição Mulheres; Maria Luiza Moura, que é psicóloga e ex-conselheira do Conselho federal de Psiciologia (CFP) e ex-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), para o subgrupo Infância (dentro de Direitos Humanos); a secretária nacional da Juventude de o PT, Nádia Garcia, para Juventude; e a primeira nomeada pelo Estado, Ieda Leal, do Movimento Negro Unificado (MNU), que atua no eixo Juventude. 

Vale citar, os goianos convocados mostram um grupo heterogêneo, com maioria de mulheres, sendo parte delas negras, jovens, além de gays, como o policial antifascista Fabrício Rosa. Nesse sentido, em entrevista recente, Nádia afirmou que as convocações mostram o tom do próximo governo. “Mostra quem nosso governo vai servir. Mulheres, negros, LGTBQIA+, jovens e outras minorias.”

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A um veículo da capital, Maria Luiza também ressaltou a importância da participação feminina nas decisões, sobretudo nas contribuições políticas. De acordo com ela, trata-se de uma característica do governo Lula.

Ao Jornal O Hoje, o convocado mais recente, Deryk Santana, disse que é “uma honra participar desse momento histórico, não só de reconstrução do Ministério da Cultura e da retomada de políticas culturais, mas também de repactuarmos com a sociedade o papel das artes, educação, da ciência… O nosso projeto de construção de nação”. Ainda segundo ele, o sentimento é de responsabilidade e dever. “Mas sinto que estou com pessoas muito preparadas e a expectativa é alcançarmos o melhor resultado.”

Outros cargos

Vale citar, alguns nomes que ocupam a transição também são cotados para outros cargos no governo Lula. Fabrício Rosa, por exemplo, é um dos cotados para a direção-geral da PRF, segundo o site O Antagonista. No pleito deste ano, ele teve 20,4 mil votos para Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Mas em relação ao nome, Fabrício aparece como sugestão de um grupo formado por policiais progressistas. Membro do grupo Policiais Antifascimo, ele é gay e um dos organizadores da Parada do Orgulho LGBT em Goiânia. Ele também é estudante do doutorado em Direitos Humanos na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Além dele, também é cotada para o alto escalão do governo Lula a deputada federal eleita, Delegada Adriana Accorsi (PT). A petista pode assumir o Ministério de Segurança Pública.

Ao Hoje, o suplente dela na Câmara Federal, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), professor Edward Madureira, confirmou a possibilidade. “Estou acompanhando, internamente não participei de nenhuma conversa. Mas imagino que já seja tratado em Brasília, pela equipe de transição”, argumenta. “Mas eu estou ciente”, reforça.

Para ele, “é importante para Goiás ter um espaço relevante no Governo Federal, apesar do Lula não ter vencido aqui”. O ex-reitor argumentou, ainda, que a indicação levaria em conta a trajetória da delegada, que seria uma quadro importante e com experiência.

Corre, ainda, o nome da médica goiana Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde. De Anápolis, ela é cardiologista e chegou a ter o nome ventilado para compor a pasta de Saúde do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A maneira com que o gestor tratou a pandemia do novo coronavírus afastou a profissional da proposta.

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