Schmidt revolucionou economia goiana e quer mais

Economista figura entre os maiores acertos de Caiado no que diz respeito à escolha de seus auxiliares

Postado em: 06-12-2022 às 07h30
Por: Felipe Cardoso
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Economista figura entre os maiores acertos de Caiado no que diz respeito à escolha de seus auxiliares. | Foto: Felipe Cardoso/O Hoje

Se o governador Ronaldo Caiado (UB) teve condições de governabilidade ao longo dos últimos quatro anos, uma das grandes responsáveis – se não a mais importante peça nesse processo – foi a secretária de Economia, Cristiane Schmidt.

Por vezes chamada de “forasteira” no início de 2019 — Schmidt é natural do Rio de Janeiro —  muitos dos que à época, politicamente, a apelidaram dessa forma ‘queimaram a língua’. Hoje, as mesmas personalidades que a criticaram não poupam elogios ao trabalho da economista. Mudança que, vale lembrar, só se tornou possível pela competência. 

Schmidt talvez tenha sido, inclusive, o maior acerto de Caiado no que diz respeito à escolha de seus auxiliares. É a secretária mais longeva da pasta e deve continuar quebrando o próprio recorde pelos próximos quatro anos. 

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Em visita ao Jornal O Hoje, na última segunda-feira (5/11), Cristiane falou sobre diversos assuntos. Em uma conversa de mais de 1h30, a secretária explicou cada um dos pontos que pautaram a vida econômica do Estado nos últimos anos, bem como tudo o que é esperado para os próximos quatro. 

Em um comparativo em que explica como recebeu o Estado em 2019 e a situação atual, disparou: “Vou começar pelo resultado máximo. Somos hoje Capag-B. Isso quem diz são as contas da STN [Secretaria do Tesouro Nacional]. Isso quer dizer que foram feitas uma série de coisas para que a gente conseguisse chegar a um nível de risco inédito”. 

A Capag é a capacidade de pagamento de um estado. O indicador vai de A a D. “Quando chegamos aqui, em 2019, nós éramos C, quase D. O governador tinha o 4º pior estado em situação fiscal do Brasil”. Piores do que nós tínhamos apenas Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul”, acrescentou. 

A definição do resultado, vale lembrar, parte de uma análise de três grupos distintos. Um deles é a liquidez. Especificamente nele, Goiás figurava com o pior do Brasil à época. “Com o tempo e com as melhorias que criamos, fomos saindo dessa situação. Em 2020, costumo dizer que nós éramos um C mediano, já não estávamos próximos do D. Em 2021, um C próximo a B. E agora nós estamos num B próximo a A”, resumiu. 

Ainda ao comentar as posições de Goiás no ranking, a secretária fez uma ressalva. Se não fosse, segundo ela, uma mudança recente nos critérios de avaliação da STN, Goiás estaria ainda mais próximo dos Estados com nota A. “Naquele indicador em que nós éramos os piores do Brasil [liquidez], por exemplo, hoje eu tenho nota A. Nos outros dois, eu tenho B, isso porque a metodologia mudou, se não em um deles eu também teria A. Mas tudo bem, a gente chega lá”, explicou, esperançosa, a economista. 

A titular também foi indagada sobre a necessidade de manter o Estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) uma vez em que as rédeas do orçamento público foram recuperadas. “Ele pode ser revisto, mas a gente tem que esperar. A gente, até agora, não recebeu uma notificação”, argumentou.

Outro ponto digno de destaque no que diz respeito aos indicadores apresentados pela STN é que Goiás ocupava, em 2019, a 19ª posição no ranking dos estados com a melhor transparência do Brasil. “Hoje, estamos com nota A e figuramos entre os cinco com as melhores condições em transparência do País”, comemorou a titular.

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