“Bruno será o que quiser: presidente ou líder do governo”, diz Cambão sobre Alego

Segundo ele, o colega de parlamento Bruno Peixoto é o mais cotado e poderá escolher o que quiser

Postado em: 14-12-2022 às 08h00
Por: Francisco Costa
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Segundo ele, o colega de parlamento Bruno Peixoto é o mais cotado e poderá escolher o que quiser. | Foto: Maycon Cardoso

O deputado estadual Wilde Cambão (PSD) se mantém distante de qualquer discussão sobre a presidência da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) ou mesmo sobre a liderança do governo. Segundo ele, o colega de parlamento Bruno Peixoto (União Brasil) é o mais cotado. 

“Bruno será o que ele quiser. Presidente da Alego ou líder do governo”, declarou ao Jornal O Hoje. Ele ainda reforça que não discutiu nada sobre o assunto, pois segue fielmente a orientação do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que é só discutir o assunto a partir de janeiro. “Mas o Bruno está trabalhando para isso [presidência]. Todos sabem. Sou amigo e próximo dele.”

Peixoto é líder do governo de Caiado há cerca de quatro anos e tem fortalecido seu nome para o cargo. O deputado liderou vitórias importantes para o governo no parlamento goiano, inclusive, mais recentemente, a polêmica taxação do agro. 

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Mas de volta a Cambão, em relação a liderança do governo, ele também garante não ter conversado sobre o tema. Apesar disso, Wilde cita que, “em algum momento”, Bruno Peixoto chegou a dizer que ele seria líder do governo. “Disse que eu seria líder, se ele fosse presidente. Mas eu nunca discuti isso”, reforça. 

O deputado, inclusive, acredita que Bruno tenha compromisso com Talles Barreto (União Brasil) para a liderança. “Eu não tenho pretensão nenhuma.” Independente de pretensão, o nome de Cambão corre nos corredores. Seja para ocupar um lugar na mesa diretora, seja na liderança.

Orientação

Cambão reforça com frequência a fidelidade ao governador Ronaldo Caiado. Como mencionado, a orientação do gestor é deixar o assunto para janeiro. O intuito é não atrapalhar o andamento de votações importantes na Casa.

Apesar disso, o deputado sabe que as discussões ocorrem. Além de Bruno, Lincoln Tejota (União Brasil) e Virmondes Cruvinel (União Brasil) também estão no páreo – o primeiro é vice-governador e foi eleito em outubro; o segundo seria o candidato do atual presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD). O deputado eleito Renato de Castro (União Brasil) e o reeleito Cairo Salim (PSD) também estariam no páreo.

Caiado, de fato, não deverá discutir o tema tão cedo. O governador foi internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, no último dia 4 de dezembro após um quadro recorrente de palpitações. Ele precisou fazer um procedimento para revascularização do miocárdio, também conhecido como ponte de safena.

O procedimento foi um sucesso. O governador passa bem e segue em plena recuperação, inclusive, caminhando pelo hospital. Ele, contudo, ainda não teve alta. 

Entorno

Independente de Cambão ter interesse em cargos, ele representa uma importante região do Estado, o entorno do Distrito Federal. Além dele, de Luziânia, foram dois eleitos de Valparaíso de Goiás, Quirino (Republicanos) e Zeli (PRTB); um de Santo Antônio de Descoberto, André do Premium (Avante); e um de Águas Lindas de Goiás, Anderson Teodoro (Avante). 

São mais de 100 mil votos. Peso eleitoral que eles podem usar na negociação junto aos postulantes da mesa diretora. E vale citar, a região concentra ainda mais números: as nove cidades goianas que fazem fronteira com o DF possuem um ativo eleitoral próximo dos 800 mil votos. Não é um local a se ignorar.

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