Bolsonarista que montou explosivo em Brasília é autuado por terrorismo

Ele confessou ter montado um artefato explosivo instalado em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília

Postado em: 25-12-2022 às 17h38
Por: Luan Monteiro
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Ele confessou ter montado um artefato explosivo instalado em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília. | Foto: Reprodução

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi autuado em flagrante pelo crime de terrorismo. Ele confessou ter montado um artefato explosivo instalado em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília.

Em depoimento a polícia, o suspeito afirmou que o ato foi planejado por integrantes de atos em favor ao presidente Jair Bolsonaro (PL), em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. O homem disse, também, que a instalação da bomba tinha como objetivo “dar início ao caos” e que pretendia alcançar a decretação de um estado de sítio no Brasil.

A Polícia Civil investiga quem são os outros participantes do crime e afirma já ter identificado um outro suspeito.

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À polícia, George Washington disse que mora em Xinguá, interior do Pará, e que veio a Brasília em 12 de novembro, para participar dos atos no quartel-general do Exército. Ele, que é CAC, diz ter investido R$ 160 mil em armas como pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições. No apartamento em que estava hospedado, a polícia encontrou um arsenal.

Ele disse que trouxe o material em seu carro e que, caso fosse abordado pela polícia, mentiria dizendo que iria participar de um concurso de tiro. O homem também afirmou que foi à Brasília para “aguardar o acionamento” para pegar em armas e que planejava distribuir o armamento para outras pessoas acampadas no Quartel-General do Exército.

George também confessou ter participado dos atos vandalismo cometidos no centro de Brasília no último dia 12 de dezembro. O suspeito disse que conversou “com os PMs e os bombeiros responsáveis por conter os manifestantes que me disseram que não iriam coibir a destruição e o vandalismo desde que os envolvidos não agredissem os policiais”.

Ele continuou falando que “ali ficou claro para mim que a PM e o bombeiro (sic) estavam ao lado do presidente e que em breve seria decretada a intervenção das Forças Armadas”.

Por fim, ele disse que o plano foi elaborado com manifestantes do QG. “Ultrapassados quase um mês, nada aconteceu e então eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio para impedir instauração do comunismo Brasil”, disse.

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