“Tenho muita disposição em ajudar”, diz Talles sobre ser líder do governo na Alego

Deputado estadual, todavia, reforça que decisão cabe única e exclusivamente ao governador Ronaldo Caiado

Postado em: 27-12-2022 às 08h30
Por: Francisco Costa
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Deputado estadual, todavia, reforça que decisão cabe única e exclusivamente ao governador Ronaldo Caiado. | Foto: Sérgio Rocha

É praticamente certo que o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil) assumirá a presidência da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Ao garantir o comando da Casa, ele deixa, contudo, o cargo de líder do governo. Entre os mais cotados para assumir esta função está Talles Barreto (União Brasil), que já foi oposição, mas hoje é aliado do chefe do Executivo estadual.

Ao Jornal O Hoje, ele deixa claro que cabe única e exclusivamente a Caiado definir quem ocupará o cargo. Ele, entretanto, se coloca à disposição. “A decisão de ser líder é do governador. O líder é, especificamente, uma escolha de Ronaldo Caiado”, reforça e completa: “Tenho quatro mandatos. Caso ele entenda que sim [pelo cargo], tenho muita disposição em ajudar.”

Ainda segundo Talles, não é tarefa fácil substituir Bruno Peixoto na função. Mas ele ressalta que é um soldado e que se for a vontade de Caiado, assume o desafio. 

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Oposição

Durante mais da metade da última legislatura, Talles foi oposição ao governador Ronaldo Caiado. Filiado ao PSDB até a janela partidária, especialmente no começo do mandato ele fez duras críticas ao gestor, principalmente em relação ao discurso de terra arrasada usado em relação aos antecessores José Eliton (PSB) e Marconi Perillo (PSDB). 

Atualmente, Talles mantém um discurso mais afinado com a atual gestão. Segundo ele, sempre teve uma ótima relação com Caiado. “Trabalhei mais de 14 anos com ele, desde a campanha de 1994. Sempre atuei dentro da frente liberal, uma atuação forte e respeitosa com o Ronaldo. Fiquei na oposição tanto que ele, em alguns discursos, disse que eu era cira dele. Aprendi a fazer política com o Ronaldo. Agora busquei novos caminhos e, quando ele me chamou pra base e disse que precisava de mim, acreditei na postura dele.”

Barreto reforça, inclusive, que teve um papel importante em pautas deste ano. “Fui relator em praticamente todas as matérias polêmicas. Relatei a reestruturação das Organizações Sociais da Saúde, ajudei no Refis…”, exemplifica. 

Presidência da Alego

Talles também assume que trabalha para garantir a vitória de Bruno Peixoto para presidente da Alego. Segundo ele, está “na linha de frente na eleição”. “Entendemos que Bruno é uma pessoa que dedicou quatro anos ao governo do Estado e desempenhou papel importante. Sentamos com o grupo de reeleitos e eleitos, os novatos, e defendemos a importância de ter alguém maduro, experiente e capacitado no cargo. Bruno reúne tudo isso.”

De fato, Peixoto já conseguiu 33 apoios para a eleição da Mesa Diretora. Os reeleitos que teriam declarado apoio: Amauri Ribeiro (União Brasil), Amilton Filho (MDB), Antônio Gomide (PT), Cairo Salim (PSD), Charles Bento (MDB), Coronel Adailton (PRTB), Delegado Eduardo Prado (PL), Karlos Cabral (PSB), Lucas Calil (MDB), Major Araújo (PL), Gustavo Sebba (PSDB), Henrique César (PSC), Julio Pina (PRTB), Paulo Cezar Martins (PL), Talles Barreto (União Brasil), Wagner Neto (PRTB), Wilde Cambão (PSD) e, agora, Virmondes Cruvinel.

Os novos: Alessandro Moreira (Progressistas), Anderson Teodoro (Avante), André do Premium (Avante), Bia de Lima (PT), Clécio Alves (Republicanos), Cristiano Galindo (Solidariedade), Fred Rodrigues (Democracia Cristã), Gugu Nader (Agir), Issy Quinan (MDB), Mauro Rubem (PT), Quirino (Republicanos), Rosângela Rezende (Agir), Veter Martins (Patriota) e Zeli (PRTB).

Rumores sobre a liderança 

Outro nome cotado para liderança é do deputado Wildes Cambão (PSD). Ele, contudo, faz questão de afastar qualquer rumor. Segundo ele, “não disputará a liderança com Talles”. Ele reforça, ainda, que é muito leal ao governador Ronaldo Caiado, mas que está satisfeito com o mandato de parlamentar e que não busca nenhum cargo.

“Tive que dizer várias vezes que não estava disputando a presidência. Agora tenho que dizer que não estou disputando a liderança”, deixa bem claro.

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