Temer deve recorrer contra taxação do aço

Presidente diz que se não houver solução amigável com os Estados Unidos vai entrar com representação na Organização Mundial do Comércio

Postado em: 15-03-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente diz que se não houver solução amigável com os Estados Unidos vai entrar com representação na Organização Mundial do Comércio

Lucas de Godoi*

O presidente Michel Temer disse ontem que o Brasil pretende entrar com uma representação conjunta na Organização Mundial de Comércio contra o anúncio de aumento das taxas de importação de aço e alumínio pelos Estados Unidos, caso não haja uma solução diplomática para a questão.

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“Se não houver uma solução, digamos assim amigável, muito rápida, vamos formular uma representação à Organização Mundial do Comércio, mas não unilateralmente, não apenas o Brasil, mas com todos os países que tiveram prejuízo em função dessa medida tomada. Naturalmente, essa conjugação coletiva dos países dará mais força a essa representação”, afirmou, depois de discursar na abertura do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, que ocorre em São Paulo até amanhã.

Na última quinta-feira (8), o presidente norte-americano Donald Trump anunciou a elevação para 25% da tarifa de importação de aço e 10% para o alumínio. A taxação afeta diretamente as exportações brasileiras que tem os Estados Unidos como um dos principais parceiros comerciais. Temer comentou que é necessário cuidado para tratar das relações com os país norte americano e que deve telefonar para o presidente Donald Trump para tratar do assunto.

“Nesta questão do aço realmente há uma grande preocupação, porque, pelos tratados internacionais, a taxação do aço poderia variar de 0 a 4,5% e houve uma taxação de 25% no caso do aço e 10% no caso do alumínio. É claro que temos que tratar com muito cuidado essa matéria”, disse Temer.

Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o presidente que, antes de recorrer à OMC, o Brasil vai incentivar o contato de empresas brasileiras que fornecem aço para as empresas norte-americanas para trabalharem “em conjunto com o Congresso americano para tentar mudar essa fórmula”. (Agência Brasil) 

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