Datafolha: 93% dos brasileiros repudiam os vandalismos ocorridos nos três Poderes em Brasília

De acordo com o instituto, 3% são favoráveis aos atos extremistas

Postado em: 12-01-2023 às 08h14
Por: Francisco Costa
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Levantamento Datafolha informa que 93% dos brasileiros repudiam os vandalismos ocorridos nos três Poderes em Brasília, no último domingo (8). A pesquisa teve divulgação na quarta-feira (11).

De acordo com o instituto, 3% são favoráveis aos atos extremistas. 2% disseram ser indiferentes e 1% não soube responder. O Grupo Folha informa que o montante não dá 100% por causa do arredondamento das porcentagens.

Em relação a metodologia, o levantamento Datafolha ouviu 1.214 pessoas de 10 a 11 de janeiro, por telefone. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

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Na estratificação, o número de entrevistados que aprovam os vanalismos cresce quando são eleitores de Bolsonaro. Neste caso, 10% concordam. Em relação a punição, 46% acreditam que os envolvidos devem ser presos.

Sobre financiadores dos acampamentos bolsonaristas, 77% disseram que eles devem ser presos, enquanto 18% afirmam que não. 5% não sabem.

Em relação a como chamar essas pessoas, 18% os classifica como “vândalos”; 15%, “terroristas”; 7%, “irresponsáveis”; 5%, “criminosos ou bandidos”; 3%, “loucos, malucos ou termos semelhantes”; 2%, “vagabundos”; e 30% deram respostas diferentes. 8% não responderam.

Vandalismo em Brasília

Vale lembrar, os ataques aos Poderes, com vandalismos ao patrimônio público, ocorreram no domingo por extremistas insatisfeitos com o resultado das eleições. Bolsonaristas que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocuparam rodovias e quartéis desde o fim do segundo turno.

Em resposta aos atos de terrorismo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do DF. Ele comunicou a decisão em coletiva de imprensa e a ordem vale até 31 de janeiro. 

Ainda durante os atos, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu exonerar o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL). Um dia depois, Torres classificou os atos como “insanidade coletiva” e negou qualquer envolvimento ou conivência. 

Na madrugada de segunda, o ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afastou Ibaneis do cargo de gestor do DF por 90 dias, além de determinar o desmonte dos acampamentos e tomar medidas para evitar novos vandalismos. O governador afastado disse respeitar a decisão.

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