Demóstenes se junta a grupo de advogados para defender Anderson Torres
Jurista disse que atenderia o ex-secretário e ex-ministro de graça
O ex-senador goiano Demóstenes Torres se junta ao grupo de advogados que defenderá o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Ele foi exonerado do cargo pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) – antes do emedebista ser afastado – ainda no domingo (8), quando ocorreram os vandalismos aos prédios dos três Poderes em Brasília.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou a prisão de Torres, que está de férias nos Estados Unidos, na última terça (10). Ao Jornal O Popular, Demóstenes disse que atenderia o ex-ministro de graça. Ele também revelou ter sido convidado, na manhã de quarta (11), por ser especialista em Direito Penal.
Um dia após os atos no DF, Anderson emitiu nota. Ele lamentou as “hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”. O ex-secretário também afirmou que o domingo foi o dia “mais amargo” da vida pessoal e profissional dele.
“Os ataques inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira foram um dos pontos mais tristes dos últimos anos da nossa história. (…) Tais atos são totalmente incompatíveis com minhas crenças do que seja importante para o fortalecimento da política no Brasil.”
Ele classificou, ainda, os atos de vandalismo como “insanidade coletiva” e disse esperar punição de todos os envolvidos. “Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos.”
Pedido de prisão de Torres
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou, na terça-feira, a prisão do ex-ministro da Justiça , Anderson Torres. Na data, a Polícia Federal (PF) fez uma operação na residência de Torres, no condomínio Ville de Montagne, em Brasília.
Vandalismos
Vale lembrar, os ataques aos Poderes, com vandalismos ao patrimônio público, ocorreram no domingo por extremistas insatisfeitos com o resultado das eleições. Bolsonaristas que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocuparam rodovias e quartéis desde o fim do segundo turno.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do DF. Ele comunicou a decisão em coletiva de imprensa e a ordem vale até 31 de janeiro.