Governo e Alego devem abrigar deputados da base não reeleitos

Parte dos escudeiros do governador terminaram a corrida eleitoral de 2022 derrotados nas urnas

Postado em: 25-01-2023 às 08h30
Por: Francisco Costa
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Parte dos escudeiros do governador terminaram a corrida eleitoral de 2022 derrotados nas urnas. | Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) teve ampla renovação a partir das eleições de outubro de 2022. A Casa de Leis é composta por um quadro de 41 deputados estaduais. Ao todo, 15 partidos conseguiram eleger pelo menos um deputado. No entanto, vários nomes ficaram na suplência. Muitos deles, fiéis escudeiros do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ao longo da legislatura que se encerra em 1° de fevereiro. 

Nos bastidores, o comentário é que apesar de não terem alcançado a reeleição, a tendência é que os “companheiros” não sejam abandonados. Para isso, especula-se a criação de novas diretorias e remanejamento de cargos estratégicos na Alego. O parlamento, ao que tudo indica, será comandado pelo deputado Bruno Peixoto (União Brasil) que, inclusive, liderou a base durante todo o período de gestão Caiado – Bruno garantiu, na noite de segunda-feira (24), o apoio que faltava para ter o consenso na eleição da mesa diretora, o do vice-governador e deputado federal eleito, Lincoln Tejota (União Brasil).

Mas de volta aos suplentes, a leitura é que, pelo menos, dez devem ser abarcados ou no governo ou na própria Alego – a maioria do partido de Caiado. Terão lugar ao sol: Álvaro Guimarães (União Brasil), Alysson Lima (PSB), Rubens Marques (União Brasil), Dr. Antonio (União Brasil), Chico KGL (União Brasil), Tião Caroço (União Brasil), Thiago Albernaz (MDB), Francisco Oliveira (MDB), Henrique Arantes (MDB) e Max Menezes (PSD).

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Nem todos, porém, contam com posições definidas. Dentre os nomes que estão, de certa forma, encaminhados está Francisco Oliveira. Segundo interlocutores, o parlamentar deve ser indicado ao posto de diretor-geral da Alego. Recentemente, no entanto, surgiu uma pedra no sapato de Chiquinho — assim é conhecido entre os mais próximos. Isso porque o deputado Álvaro Guimarães, até então cotado para a secretaria de Governo, entrou no circuito e agora, ao que tudo indica, disputa com Francisco a mais alta diretoria da Alego. 

O próprio Álvaro, decano da Assembleia, confirmou ao jornal que conversou com Caiado sobre a possibilidade de integrar alguma pasta do governo. Também disse que Bruno Peixoto o levaria para uma função na Alego, caso eleito, o que está cada vez mais certo, como já mencionado. 

Em paralelo, o nome de Dr. Antonio é cotado para a Diretoria de Saúde do Legislativo. Há, contudo, uma dificuldade, por causa de questões ligadas ao regimento interno. Fontes consultadas pelo O HOJE atestam que a ocupação deve ser destinada a um servidor de carreira e não a uma indicação política, apesar do deputado ser um técnico da área. Se será possível, ou não, contornar esse entrave para acomodar o parlamentar na diretoria, o tempo dirá. 

Alysson Lima é outro que, segundo as mesmas fontes, será abraçado pelo Legislativo. Nos bastidores, o comentário é que Lima deve assumir a direção da TV Alego. Fala-se também na possibilidade de ocupar a Diretoria de Comunicação. A definição deverá ser tomada nos próximos dias, no entanto, já é considerado certo que o parlamentar esteja em uma dessas posições. 

Vale lembrar que Lima ocupou a oposição ao governo de Ronaldo Caiado em boa parte da Legislatura. Porém, no último ano ele fez mais do que moderar o discurso, chegando a se alinhar com a base governista. 

Um outro parlamentar na lista dos possíveis abrigados pela ‘casa-mãe’ é Max Menezes (PSD). Figura icônica de Aparecida de Goiânia, o deputado deixou de apoiar o aliado de longa data – de quem foi secretário – Gustavo Mendanha (Patriota) na disputa ao governo para caminhar com Caiado. Não se reelegeu, mas deve ser recompensado. 

As negociações, segundo fontes do alto escalão consultadas, devem levar à indicação de Max para a Diretoria de Assuntos Institucionais da Casa de Leis. Rubens Marques, por sua vez, deve tentar uma costura que o reconduza à Saneago, onde o parlamentar já atuou e possui experiência.

Quanto a Henrique Arantes o comentário é um só: “Vai assumir uma diretoria, não se sabe qual.” Nos corredores, o emedebista já é visto como diretor, o que não ficou claro ainda é qual será a diretoria comandada por ele. Thiago Albernaz, Tião Caroço e Chico KGL, porém, seguem sem uma sinalização minimamente sólida.

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