Inquérito apura conduta de garimpeiros e políticos em genocídio de yanomamis
O inquérito foi determinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
A Polícia Federal (PF), que investiga crime de genocídio contra o povo yanomami, irá apurar a responsabilidade de garimpeiros, coordenadores de saúde e políticos. O inquérito foi determinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
A investigação deve ser conduzida por agentes da PF que atuam na superintendência da PF em Roraima, onde fica a maior parte da terra indígena. O território foi invadido por milhares de garimpeiros ilegais.
O entendimento inicial é de que garimpeiros, tanto os que exploram ouro diretamente na área indígena quanto os que detém maquinários para a prática, serão investigados e responsabilizados pelo crime de genocídio.
Além deles, a investigação deve se concentrar em funcionários em posição de chefia na área de saúde indígena dos yanomamis. Estes servidores são vinculados ao Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro (PL) e teriam causado escassez de medicamentos básicos para os indígenas. A investigação já apura suspeitas de fraudes e corrupção no fornecimento de medicamentos.
A apuração deve contemplar, também, agentes políticos do governo Bolsonaro associados à crise sanitária em curso.