Magda Mofatto demonstra desconforto com Wilder no comando do PL

Ainda que não declare publicamente, vários fatores poderiam justificar a suposta ‘ira’ da parlamentar que tem visto, de novo, o partido escapar por entre os dedos

Postado em: 26-01-2023 às 08h00
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Magda Mofatto demonstra desconforto com Wilder no comando do PL
Ainda que não declare publicamente, vários fatores poderiam justificar a suposta ‘ira’ da parlamentar que tem visto, de novo, o partido escapar por entre os dedos. | Foto: Reprodução

A deputada federal Magda Mofatto (PL), ao que tudo indica, não está nada satisfeita com a sinalização de que o senador Wilder Morais (PL) deva assumir o comando do PL goiano. Ainda que não declare publicamente, vários fatores poderiam justificar a suposta ‘ira’ da parlamentar que tem visto, de novo, a legenda escapar por entre os dedos. 

Em entrevista à reportagem do O HOJE, Mofatto foi sucinta ao comentar o anúncio de que Morais assumirá a sigla no lugar do atual presidente, deputado federal Major Vitor Hugo (PL). “É coisa da política”, disse em tom ríspido. 

Questionada se apoia, ou não, a substituição de Vitor Hugo por Wilder, acrescentou: “eu ainda não conversei com o presidente [Valdemar Costa Neto, presidente nacional da legenda] sobre isso. Provavelmente irei a Brasília ainda esse mês para falar com ele”.

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Mofatto também foi perguntada se considera mudar de legenda caso a presidência da sigla fique de fato com Wilder. E respondeu: “quanto a isso, não tenho nada definido”. Essa é a segunda vez que Magda é pega de surpresa em relação aos rumos do PL goiano.

Em maio do ano passado, enquanto Magda e o marido, Flavio Canedo, viajavam para os Estados Unidos, o deputado federal Major Vitor Hugo assumiu a presidência da sigla no lugar de Mofatto. Flávio, vale lembrar, tinha se afastado do cargo ocupado naquele momento pela esposa dias antes do ocorrido.

Ao serem informados da mudança na composição do partido, o primeiro posicionamento oficial veio por meio das redes sociais. “O silêncio fala mais que mil palavras”, disseram os dirigentes em cada um de seus perfis no Instagram. 

Mais tarde, em entrevista ao O HOJE, Flávio foi mais abrangente. À época, ele disse que assim que retornassem a Goiás tomariam pé do ocorrido. “É estranho. Estamos [ele e Magda] no partido há dez anos, ajudamos a fundá-lo em Goiás. Pegamos com sete diretórios municipais, hoje são mais de 230”, pontuou.

Depois que retornaram ao Brasil e ‘entenderam’ os motivos que levaram Major Vitor Hugo a assumir repentinamente o comando da sigla, aliados de Magda e Flávio passaram a dizer que Vitor Hugo permaneceria no comando do PL goiano apenas até o final da eleição de 2022. O próprio parlamentar confirmou a informação ao O HOJE. Na ocasião, ele disse não ter interesse na presidência e acrescentou que só assumiu o posto pela posição de candidato e, consequentemente, pela necessidade de manter uma relação mais próxima às bases do partido.

Após a derrota de Vitor Hugo na disputa pelo governo, Madga foi novamente procurada pelo O HOJE. Em dezembro, ela admitiu que deveria voltar ao comando do partido. “A tendência é que eu fique [na presidência]”, disse a parlamentar antes de acrescentar que Valdemar Costa Neto, presidente nacional da legenda, aguarda acalmar os ânimos pós-eleições para tratar o assunto.

Agora, no entanto, uma nova surpresa bate à porta da deputada. Isso porque na última terça-feira (24/1), o senador eleito Wilder Morais ventilado como o nome confirmado para a presidência estadual da sigla em Goiás. 

Além disso, os nomes dos deputados federais eleitos Gustavo Gayer, Professor Alcides, Daniel Agrobom e da própria Magda foram anunciados como figuras que ocuparão cadeiras no diretório.

Wilder Morais, vale lembrar, foi eleito senador por Goiás com 25,25% dos votos válidos nas eleições de outubro de 2022. Ele teve 799.022 votos no pleito e conseguiu virar o cenário das pesquisas eleitores que o apresentavam em terceiro lugar na preferência do eleitorado goiano. O senador foi o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás.

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