Defesa vai alegar insanidade mental

Os advogados de defesa do Policial Militar Djalma Gomes da Silva, um dos cinco indiciados por planejar e assassinar a tiros o

Postado em: 28-03-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Os advogados de defesa do Policial Militar Djalma Gomes da Silva, um dos cinco indiciados por planejar e assassinar a tiros o cronista esportivo Valério Luiz, em 5 de julho de 2012 solicitaram à Justiça que o acusado seja submetido a exames psicológicos pela Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

A defesa do PM afirma que o suspeito já havia sido julgado pela Junta Central de Saúde sendo considerado incapaz de prestar os serviços como policial militar, tendo inclusive, retirado o porte de arma do acusado. No entanto, foi constatado que Djalma da Silva só começou a ser acompanhado em 28 de novembro de 2014. 

Nesse meio tempo também foi apurado que o polical militar esteve por pelo menos duas vezes internado em uma clínica psiquiátrica, uma dessas vezes, foi antes de ser afastado definitivamente das ruas, e outra depois do assassinato do jornalista.

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O laudo médico de Djalma Gomes da Silva, afirma que o policial militar tem um diagnóstico de “transtorno delirante persistente, com alucinações visuais e auditivas, associado à irritabilidade, crises de disforia intensa, delírios”. Foi esse diagnóstico feito pelo neurologista e psiquiatra Leonardo da Silva Prestes que serviu de base para o pedido junto a 2° Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida, em favor do PM acusado.

O mesmo laudo é utilizado em processos de “incidente de insanidade mental” por outros dois crimes. “Um na Auditoria Militar por lesão corporal e outro no interior (de Goiás) por tortura.”

Para o filho do radialista assassinado, o advogado Valério Luiz Filho, o pedido de “incidente de insanidade mental muda à tese defensiva de negativa de autoria para inimputabilidade, ou seja, em uma indireta confissão do crime”. 

Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012, quando saía da rádio em que trabalhava, a Rádio Jornal 820-AM, no Setor Serrinha, em Goiânia. Um motociclista se aproximou dele e disparou seis vezes.

Valério Luiz era casado e deixou três filhos de outros relacionamentos: Tamine Suilank Oliveira, de 35 anos, Valério Luiz Filho, de 29, e Laura Gomes de Oliveira, 26. (Katrine Fernandes é estagiário do O Hoje) 

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