Bolsonaro volta a questionar urnas eletrônicas em discurso a evangélicos nos Estados Unidos

Em meio a seu discurso, Bolsonaro questionou o motivo de receber apoio “em qualquer lugar do mundo”, mas ter perdido a disputa para Lula (PT)

Postado em: 12-02-2023 às 15h15
Por: Ícaro Gonçalves
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Em meio a seu discurso, Bolsonaro questionou o motivo de receber apoio “em qualquer lugar do mundo”, mas ter perdido a disputa para Lula (PT) | Imagem: Reprodução/Redes sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a proferir ataques contra a confiabilidade das urnas eletrônicas, dessa vez em meio a um evento religioso promovido no sábado (11/2) por uma igreja evangélica no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

Em meio a seu discurso, ele questionou o motivo de receber apoio “em qualquer lugar do mundo”, mas ter perdido a disputa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É uma satisfação muito grande a forma com que vocês me trataram em qualquer lugar desse mundo. Isso não tem preço. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu ser reeleito”, afirmou Bolsonaro.

Apesar da fala provocativa sobre o processo eleitoral brasileiro, Bolsonaro afirmou que possui uma “missão” inacabada com a política do Brasil, fazendo referência a uma possível nova candidatura no futuro.

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“Não interessa o que vier a acontecer comigo aqui ou no Brasil. E da forma como, porventura, algo acontecer”, completou.

O encontro foi promovido em uma unidade da Church Of All Nations (Igreja de Todas as Nações, em tradução livre), é organizado pelo grupo Yes Brazil, que se diz formado por cristãos de direita.

Leia também: Bolsonaro pode nunca mais voltar ao Brasil, diz Flávio

Até depois do Carnaval

Hospedado há pouco mais de um mês nos Estados Unidos, Bolsonaro pediu ao ex-lutador José Aldo, seu anfitrião, para estender a estadia para até depois do Carnaval. Segundo pessoas ligadas ao ex-presidente, ele avalia opções para ficar mais tempo nos EUA, temendo ser preso pela Justiça no Brasil. Ele pode dar palestras para empresários como forma de se financiar no país.

Bolsonaro entrou no país como portador de visto diplomático. De acordo com as regras dos EUA, o documento expirou em 31 de janeiro, um mês após Bolsonaro deixar a Presidência da República.

Próximo ao término do prazo, Bolsonaro solicitou ao governo dos Estados Unidos um novo visto de visitante para permanecer no país. Se aceito, o ex-mandatário poderá permanecer nos EUA por mais seis meses. A informação é do jornal Financial Times.

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