Segunda-feira, 01 de julho de 2024

“Câmara é pequena demais para nós dois”, diz Sargento Novandir sobre Geverson Abel

Briga entre parlamentares envolve xingamentos por bases e suposta agressão a servidora

Postado em: 14-02-2023 às 10h35
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: “Câmara é pequena demais para nós dois”, diz Sargento Novandir sobre Geverson Abel
Briga entre parlamentares envolve xingamentos por bases e suposta agressão a servidora (Foto: Reprodução/TV Câmara de Goiânia)

O vereador por Goiânia, Sargento Novandir (Avante), utilizou a tribuna da Câmara Municipal para se defender de acusações do colega de parlamento e partido, Gerverson Abel. O primeiro foi acusado de agredir uma servidora da prefeitura indicada pelo segundo durante evento na última sexta-feira (10). “A Câmara é pequena demais para nós dois. Um de nós dois tem que ser cassado”, disse Novandir.

Vale lembrar, os vereadores tiveram um desentendimento na última sexta. Novandir esteve em evento no Residencial Antônio Carlos Pires, enquanto Geverson acompanhava o prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

Na ocasião, houve xingamentos e acusação de agressão física. Segundo Geverson, Novandir teria proferido palavras de baixo calão e segurado com força o ombro de uma servidora da prefeitura. Ainda segundo Geverson, a agenda era “exclusiva” por se tratar da base eleitoral dele. O sargento nega qualquer contato físico – de ambas as partes – naquele momento.

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Mas de volta ao discurso de Novandir, ele proferiu diversos xingamentos a Geverson e disse que a família dele tem sofrido diante de “denúncia caluniosa”. “A minha filha sofreu muito. Não durmo desde a última sexta-feira. Por causa do que esse vereador fez.”

Ainda segundo Novandir, o colega de partido induziu e obrigou a assessora a fazer a “denunciação caluniosa”, o que será comprovado, pois no local tinha câmeras. “Evento filmado, com mais de 100 pessoas. Mais de 30 guardas civis metropolitanos. Se eu tivesse agredido, o guarda me daria voz de prisão naquele momento. Se não o fizesse, teria que responder por prevaricação”, continuou.

De acordo com ele, a servidora, que tem 23 anos, deveria buscar a orientação de um advogado, pois o código penal prevê como crime este tipo de denúncia que ele afirma ser falsa. “O canalha que agride mulher tem que ir para a cadeia e não sair mais.” Ele diz, contudo, que essa jovem presta um desserviço a todas as mulheres, que ficarão com medo de ir à delegacia e não conseguir provar.

“Eu vou provar 100% que não agredi. Porque se não provar, eu deveria ser cassado, chutado pela porta dos fundos. Ou a credibilidade dessa Casa acaba.”

Geverson e outros parlamentares

Geverson, por sua vez, disse que Novandir tem “histórico nebuloso” e que já teve problema com outros vereadores. Declarou, ainda, que o colega tenta interferir na polícia para prejudicar a servidora e que ele dará suporte a ela. “O que ouvi aqui foi simplesmente uma ameaça. Não sou seu inimigo, nem te conheço e nem sei da onde você veio. Mas não vou aceitar esse histórico que outros vereadores já passaram. Será que todos os vereadores estão errados?”

O vereador afirmou, também, que confia na Justiça e que espera que o Conselho de Ética da Casa funcione. Nesse momento, Anselmo Pereira (MDB), que é presidente do conselho, enfatizou que não há prevaricação. “Está na minha mão a representação. Aqui as coisas funcionam e vão funcionar.”

Já a vereadora Aava Santiago (PSDB) reforçou que é da ouvidoria da mulher e que foi procurada pela servidora supostamente agredida. Segundo ela, o processo será instalado independente do tom de voz usado na tribuna. “A servidora será amparada e a decisão cabe a Justiça.”

Novandir retornou e pediu que a tucana investigue o caso e vá a fundo. Já a Anselmo ele afirmou que também abrirá processo no Conselho de Ética por denunciação caluniosa.

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