O protagonismo de Caiado entre governadores

Após clima tensa por cirurgia cardíaca, governador tem chamado a atenção pelo pique

Postado em: 17-02-2023 às 08h45
Por: Yago Sales
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Após clima tensa por cirurgia cardíaca, governador tem chamado a atenção pelo pique. | Foto: José Cruz / ABr

A expectativa para o segundo mandato do governador Ronaldo Caiado (UB) é de construções de pontes – as de estrutura física também – políticas capazes de alavancar, ainda mais, o nome do político para estar no páreo nacional às eleições de 2026. 

Por aqui, pouco se comenta sobre a possibilidade de Ronaldo Caiado ser o nome da sua legenda para concorrer à Presidência da República, representando a direita, um vácuo provocado pelo desmoronamento da linha mais radical do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (Partido Liberal). 

Recentemente em entrevista ao jornal O Hoje, o presidente do Detran Goiás, Eduardo Machado, um dos mais influentes do Podemos – inclusive a nível nacional -, afirmou que o nome de Caiado é cotado pela sigla como apoio à disputa eleitoral. Seja em apoio à chapa com o UB ou mesmo disponibilizar acesso à legenda para lançar o governador goiano à disputa ao cargo mais importante da República Federativa do Brasil. 

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Alguns interlocutores preferem não prospectar nada, mas reconhecem que o protagonismo de Caiado é inerente à aproximação – mesmo que comedida – da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Caiado já esteve com o petista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Além de ter ido a Brasília conversar com o comandante do Exército, Tomás Paiva, para conseguir o convênio para duplicar e restaurar a GO-213.

O encontro ocorreu em fevereiro. Caiado foi acompanhado pelo presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Lucas Vissotto, e pelo presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Pedro Sales. 

A prioridade de Caiado, por enquanto junto à esfera federal, é a questão dos aspectos da reforma tributária e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Caiado foi a Brasília depois que o ministro Fernando Haddad convocou a reunião com o Fórum dos Governadores para tratar das prioridades do Ministério da Fazenda com o intuito de evitar perdas na arrecadação dos estados. 

O principal objetivo da reunião, portanto, foi a redução de alíquotas do ICMS e alternativas para recuperar a arrecadação dos estados. Estiveram, além de Caiado, com Haddad, os governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Rafael Fonteles (PT), do Piauí; Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas; Carlos Brandão (PSB), do Maranhão; e Renato Casagrande (PSB), do Espirito Santo.

Esteve na pauta como principal foco de interesse dos governadores uma compensação pela redução das alíquotas do imposto – que é a principal forma de arrecadação dos estados. Até o momento surgiram algumas possibilidades de alternativas que podem ser discutidas. 

Caiado tem sido uma voz importante da interlocução entre governadores e prefeitos com a gestão de Lula da Silva sobre o tema. O governador também tem tido agendas com o legislativo, a fim de deter os impactos dos efeitos da diminuição da arrecadação. 

Com outros governadores, Caiado esteve com 0 presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na terça-feira (14) buscava formalizar com os três Poderes um acordo de compensação financeira aos estados em razão de mudanças na cobrança do ICMS. O encontro ocorreu na residência oficial da Presidência do Senado e contou também com a participação de membros do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Economia ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). Depois, foram à residência oficial da Presidência da Câmara.

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