Câmara registra 59 mudanças de partido

Prazo para deputados federais, estaduais e distritais mudarem de partido para se candidatar às eleições de outubro terminou na sexta-feira

Postado em: 08-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Prazo para deputados federais, estaduais e distritais mudarem de partido para se candidatar às eleições de outubro terminou na sexta-feira

Um balanço parcial divulgado pela Câmara dos Deputados mostra que pelo menos 59 deputados trocaram de partido dente da janela partidária. O prazo para deputados federais, estaduais e distritais mudarem de partido para se candidatar às eleições deste ano, sem risco de perder o mandato, termina à meia-noite de sexta-feira (6). O período que permite a mudança começou no dia 8 de março. O prazo não inclui vereadores, porque não haverá eleições este ano na esfera municipal.

O DEM e o PSL foram os partidos que mais ampliaram suas bancadas: cada um ganhou sete deputados. Dessa forma, o DEM passou de 33 para 40 deputados; e o PSL, de 3 para 10 deputados. Já o PROS recebeu seis deputados e a bancada passou de seis para 12 membros. As mudanças ganharam força com a atuação dos pré-candidatos à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, e Jair Bolsonaro (RJ), recentemente filiado ao PSL.

Durante a abertura da janela partidária, o DEM recebeu os deputados Arthur Maia (BA), Bilac Pinto (MG), Bonifácio de Andrada (MG), Carlos Henrique Gaguim (TO), João Paulo Kleinübing (SC), Laura Carneiro (RJ), Pedro Paulo (RJ), Roberto Sales (RJ), Rodrigo Pacheco (MG) e Sérgio Zveiter (RJ). Saíram os deputados Danilo Forte (CE), Marcelo Aguiar (SP) e Misael Varela (MG).

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Já o PSL recebeu os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Jair Bolsonaro (RJ), Major Olímpio (SP), Carlos Manato (ES), Delegado Francischini (PR), Marcelo Álvaro Antônio (MG), Professor Victório Galli (MT) e Delegado Waldir (GO). Saiu a deputada Dâmina Pereira (MG). O PROS recebeu Jaime Martins (MG), Vitor Valim (CE), Clarissa Garotinho (RJ), Josi Nunes (PI), João Fernando Coutinho (PE), André Amaral (PB). Saiu o deputado Ronaldo Fonseca (DF).

O MDB registrou a maior perda: até o momento, 11 deputados saíram do partido. Durante a janela, a sigla recebeu oito deputados: Fernando Coelho (PE), Valtenir Pereira (MS), Maria Helena (RR), Ademir Camilo (MG), Herculano Passos (SP), Junge Abe (SP), Beto Mansur (SP), Vitor Mendes (MA). O PSDB perdeu dois deputados: Elizeu Dionizio (MS) e Daniel Coelho (PE).

Já a oposição ficou com praticamente o mesmo número de parlamentares. O PT perdeu os deputados Chico D’Angelo (RJ) e Givaldo Vieira (ES) e recebeu Celso Pansera (RJ). O PCdoB também manteve a bancada de 11 deputados. O PDT perdeu um deputado, Vicente Arruda (CE), e recebeu outro, Chico D’Angelo (RJ).

A comunicação sobre a troca de partido é feita diretamente à Justiça Eleitoral, e não há prazo para que essas informações sejam enviadas à Câmara. O balanço consolidado das trocas da janela partidária será divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 18 deste mês. (Agência Brasil) 


Dez ministros deixam cargos no governo

Com o fim do prazo para desincompatibilização de cargos públicos, dez ministros deixaram o governo do presidente Michel Temer para concorrerem nas eleições deste ano. Outro ministro deve ser exonerado neste sábado (7), além do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, que deixou o cargo no fim de março.

Segundo a legislação eleitoral, os ministros de Estado devem estar afastados de funções públicas seis meses antes da eleição caso queiram se candidatar para mandatos eletivos. Este é o mesmo prazo para que ocorram as filiações partidárias dos aspirantes às eleições. 

A maioria dos agora ex-ministros retoma seus mandatos na Câmara dos Deputados e concorrerá à reeleição para o cargo, mas alguns decidiram, pela primeira vez, buscar uma vaga no Senado, que desta vez terá renovação de 2/3 dos senadores, cujo mandato é de oito anos.

É o caso de Marx Beltrão (PSD), que comandou o Ministério do Turismo até a última quinta-feira (5) e agora vai disputar o Senado por Alagoas. Ele deve, inclusive, disputar em uma chapa concorrente à de seu colega de Esplanada dos Ministérios, Maurício Quintella (PR), que deixou o ministério dos Transportes nos últimos dias para disputar uma das duas vagas ao Senado pelo mesmo estado.

Embora tenha retornado à Câmara, o ex-ministro Mendonça Filho (DEM), que chefiava a Educação, ainda não decidiu se vai se candidatar ao governo de Pernambuco ou se concorrerá à reeleição como deputado. Já Paulo Rabello de Castro, que era presidente do BNDES, quer ocupar o cargo mais alto do Executivo. 

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), teve a exoneração publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nessa sexta-feira (6), mas ainda não tem uma posição fechada sobre sua candidatura ao governo do Pará.

Outra candidatura indefinida é a de Henrique Meirelles, que confirmou a saída do ministério da Fazenda nessa sexta-feira (6) e a sua exoneração também foi publicada na edição extra do DOU. Após se filiar ao MDB no início da semana, ele ainda mantém segredo se vai disputar o cargo de vice na possível tentativa de reeleição do presidente Michel Temer, ou se buscará uma união do partido em prol do seu nome à frente da chapa. (Agência Brasil) 

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