Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Fieg e Sebrae realizam coletiva de imprensa para apresentar estudo sobre escassez da mão de obra na construção civil em Goiás

Entre 2011 e 2020, a construção civil em Goiás registrou uma queda no número de empresas (9%) e emprego (33%)

Postado em: 01-03-2023 às 19h07
Por: Cecília Epifânio
Imagem Ilustrando a Notícia: Fieg e Sebrae realizam coletiva de imprensa para apresentar estudo sobre escassez da mão de obra na construção civil em Goiás
Fieg e Sebrae realizam coletiva de imprensa para apresentar estudo sobre escassez da mão de obra na construção civil em Goiás | Foto: Divulgação

Nesta terça-feira, dia 1º de março, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Sebrae Goiás convidam a imprensa para uma coletiva para tratar dos resultados de pesquisa sobre escassez de mão de obra qualificada para a construção civil em Goiás.

O Conselho Temático de Relações do Trabalho (CTRT) da Fieg, jutamente com o Sebrae Goiás e o IEL Goiás, com o apoio do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon) e Senai, elaboraram uma pesquisa sobre a escassez de mão de obra na construção civil. Por meio do Observatório Fieg Iris Rezende, o IEL avaliou o desempenho das atividades do setor e as dificuldades que precisam ser corrigidas a fim de encontrar subsídios para enfrentar os desafios.

Entre 2011 e 2020, a construção civil em Goiás registrou uma queda no número de empresas (9%) e emprego (33%). No entanto, a partir de 2019, foi observado um recuperação do saldo de empregos, mas que ainda eram insuficiente diante da perda de mais de 20 mil postos de trabalho.

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Somando-se a esse fato, há o cenário de aquecimento do mercado, que também provocou um aumento considerável no número de registro de obras nos últimos anos (2019 a 2022) – um total de 1.787 registros, três vezes maior que o período de 2011 a 2018 (522).

Questionadas a esse respeito, As empresas e profissionais do setor foram questionadas a respeito e, apontaram como sendo as principais causas da escassez de mão de obra o baixo número de novos ingressantes no mercado de trabalho, a migração para a informalidade, a ampliação dos registros de MEI (microempreendedor individual) – que segundo a Receita Federal teve crescimento médio anual de 35% em 10 anos (entre 2011 e 2021) –, além da falta de interesse diante do estigma de trabalho pesado na construção. Entre os trabalhadores que participaram da pesquisa, 87% disseram ser melhor trabalhar na informalidade – para 13%, o trabalho registrado é melhor.

Em relação à opinião dos trabalhadores formais e informais, foi identificado que um dos problemas está relacionado a baixos salários, o que os desmotivam na busca por trabalho registrado, bem como a falta de mecanização nas obras, levando muitos trabalhadores a reclamarem do trabalho pesado nos canteiros de obra.

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