Câmara fecha blocos para indicação de membros da CEI da Comurg

Grupo que investigará a Companhia de Urbanização terá sete membros

Postado em: 11-03-2023 às 07h53
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Câmara fecha blocos para indicação de membros da CEI da Comurg
Grupo que investigará a Companhia de Urbanização terá sete membros | Foto: Reprodução

A Câmara de Goiânia está com os blocos praticamente fechados para formar a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigará a gestão da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). São seis blocos para sete vagas, conforme apurou o Jornal O Hoje com membros da Casa. 

O bloco Vanguarda deverá indicar dois membros por ser o maior, com oito nomes. Atualmente – os nomes dele e de outros ainda podem mudar –, ele é composto por Igor Franco (Solidariedade), Welton Lemos (Podemos), Paulo Magalhães (União Brasil), William Veloso (PL), Anderson Sales Bokão (Solidariedade), Paulo Henrique da Farmácia (PTC), Leia Klebia (PSC) e Aava Santiago (PSDB).

Os outros indicarão um membro cada. O MDB vem em seguida, com seis membros: Kleybe Morais, Anselmo Pereira, Denício Trindade, Henrique Alves, Izídio Alves e Dr. Gian. Outro com seis representantes é o Goiânia Transparente: Lucas Kitão (PSD), Luciula do Recanto (PSD), Ronilson Reis (PMB), Leandro Sena (PMB), Edgar Careca (PMB) e Pastor Wilson (PMB).

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Com cinco vereadores, o bloco Ordem tem Thialu Guiotti (Avante), Sargento Novandir (Avante), Márcio do Carmo (DC), Raphael da Saúde (DC) e Joãozinho Guimarães (Solidariedade). Os dois últimos têm quatro membros cada. Liberdade – Sabrina Garcez (Republicanos), Isaías Ribeiro (Republicanos), Cabo Senna (Patriota) e Léo José (Republicanos) – e Independência – Pedro Azulão Jr. (PSB), Sandes Jr. (PP), Juarez Lopes (PDT) e Geverson Abel (Avante).

Ficaram de fora dos blocos: o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), e a vereadora Kátia Maria (PT). A petista justificou falta de agenda, segundo revelado ao jornal por fontes do parlamento. 

O propositor da CEI é Ronilson Reis. A expectativa do vereador é que a Comissão já comece a andar na próxima semana. Ele pode se tornar o presidente do colegiado, mas precisa garantir a maioria dos sete votos. 

CEI

Na última semana, 24 vereadores se uniram em prol do requerimento para a instauração da CEI para investigar a pasta. São diversas dúvidas e suspeitas que estarão na mira da Câmara nos próximos dias. Segundo Ronilson, mesmo que a base tenha maioria na comissão, o papel dos membros será o de investigar irregularidades denunciadas, como atraso no pagamento de fornecedores, FGTS, INSS e IMAS.

Ao menos 15 nomes dos que assinaram o documento compõem a base de Cruz. São eles: Cabo Senna (Patriota), Igor Franco (Pros), Edgar Duarte (PMB), Geverson Abel (Avante), Henrique Alves (MDB), Leandro Sena (Sem partido), Leia Klébia (PSC), Léo José (Republicanos), Paulo Henrique da Farmácia (Agir), Raphael da Saúde (DC), Sabrina Garcez (Republicanos), Sargento Novandir (Avante), Thialu Guiotti (Avante), Welton Lemos (Podemos) e Willian Velozo (PL).

O presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo, defendeu o trabalho da CEI e disse que tudo o que gera suspeita na administração pública deve ser investigado.

Nesta semana, no mesmo dia que os partidos foram notificados para criação de blocos e indicação de membros, a prefeitura de Goiânia publicou um edital para contratação de empresa de prestação de serviços de coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e de serviços operacionais do Aterro Sanitário. A licitação segue recomendação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), em atendimento ao Marco Legal do Saneamento Básico, e será realizada no dia 5 de maio de 2023.

Requerimento

No documento de Ronilson, consta que a CEI visa investigar as supostas irregularidades na administração, bem como as dívidas da Comurg com o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e fornecedores, contratos e aditivos. 

O vereador cita, ainda, que no ano passado o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) enviou um projeto com previsão de R$ 30,7 milhões em suplementação para a Comurg, mas que o mesmo foi retirado após pedido de explicações pelos parlamentares. Além disso, afirma que companhia tem déficit mensal de R$ 6 milhões e que aumentou de forma expressiva o número de comissionados.  

Nesta semana, o presidente Romário ainda disse, durante sessão de quarta-feira (8), que a prefeitura fez um pagamento de R$ 8 milhões à companhia por obras e serviços não realizados. Os trabalhos deveriam ocorrer em 2021.

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