Presidente da Câmara de Aparecida quer CEI para investigar prefeitura após morte em ponto de ônibus

André Fortaleza deve formaliza proposta da Comissão nesta terça-feira

Postado em: 13-03-2023 às 09h59
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidente da Câmara de Aparecida quer CEI para investigar prefeitura após morte em ponto de ônibus
André Fortaleza deve formaliza proposta da Comissão nesta terça-feira (Foto: Câmara de Aparecida de Goiânia)

A Câmara de Aparecida de Goiânia poderá instalar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a prefeitura de Aparecida de Goiânia no caso da morte Wellington Oliveira, esmagado por ponto de ônibus na última semana. Presidente da Casa, vereador André Fortaleza (MDB) deve formalizar nesta próxima terça-feira (14) a CEI que irá verificar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Na última quinta (9), o parlamentar disse que a morte do rapaz de 27 anos, em 8 de março, foi um caso de “assassinato” por “descaso”. “Tragédia é quando algo acontece sem previsão. Mas aquilo estava previsto”, criticou. Ele lembrou, ainda, que o vereador Leandro da Pamonharia (Agir) enviou dois requerimentos à prefeitura pela retirada da estrutura, sendo um em abril de 2022 e outro em janeiro deste ano.

“Tem quem fale que a Câmara tem que ser parceira e o que presidente quer ser candidato. Eu sou pré-candidato a prefeito de Aparecida, porém jamais irei fazer retaliação a governo que está bem. Esse que está aí, porém, está péssimo”, declarou Fortaleza.

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Caso do ponto de ônibus

O caso que vitimou Wellington aconteceu no Setor Jardim das Cascatas, na última quarta. Segundo testemunhas, o trabalhador de 27 anos foi atingido pela estrutura após abrir a porta para descer do carro. No veículo, além do motorista estavam mais quatro pessoas que não foram atingidas. Eles iriam lanchar em uma barraca, próxima ao ponto.

O Corpo de Bombeiros informou que enviou uma equipe até o local, que confirmou a morte. A Polícia Civil começou a ouvir as testemunhas na última sexta-feira (10). Nesta semana, a corporação deverá falar com representantes da prefeitura e da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

No dia do acidente, a prefeitura disse que “o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da CMTC” e que este tipo de abrigo de concreto não foi instalado por ela. Já a CMTC, informou que a a manutenção, realocação e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras.

“Cabe à CMTC, como órgão gestor, planejar a marcação de pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana. A CMTC iniciou avaliação minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana para cobrar e ajudar as prefeituras a solucionar os problemas estruturais dos equipamentos.”

Além disso, a Companhia demonstrou que o ex-prefeito de Aparecida e então presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), Gustavo Mendanha (Patriota), assinou, em 2018, um documento que estabelece aos municípios da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) a responsabilidade “por promover a manutenção, realocação ou instalação de abrigos, quando necessário, nos pontos de parada existentes em seus limites territoriais”.

No dia 9 de março, então, a prefeitura de Aparecida de Goiânia atualizou a nota. No texto, informou que a Procuradoria-Geral do Municípios propôs, em janeiro deste ano, à CMTC que “a responsabilidade pelos abrigos ficasse com o Consórcio RedeMob, que opera e explora o sistema de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana de Goiânia”.

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