Satisfeito com cargos no governo, Daniel foca em proximidade com secretários

Vice-governador e presidente do MDB tem apenas um objetivo: trabalhar ao lado de auxiliares já nomeados

Postado em: 17-03-2023 às 07h41
Por: Yago Sales
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Vice-governador e presidente do MDB tem apenas um objetivo: trabalhar ao lado de auxiliares já nomeados | Foto: Reprodução

O MDB está satisfeito com a nomeação de José Frederico Lyra Netto como titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), indicado pelo vice-governador, Daniel Vilela e presidente da legenda em Goiás. 

Mais disposto a aprovar as escolhas que vão dar corpo ao segundo mandato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), Vilela tem se dedicado a se aproximar de cada um dos integrantes do alto escalão do governo. 

A estratégia é clara: mostrar-se em consonância com o atual quadro de auxiliares, apoiando as escolhas, incluídas aquelas que têm como indicações nomes de outros partidos. Emedebistas ouvidos pelo jornal O Hoje afirmam que – exceto o episódio de Célio Silveira, que queria assumir a Secretaria do DF -, tudo indica que o partido não deve “ficar no pé” de Caiado, atrás de cargos. 

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Alguns nomes importantes da legenda já atuam informalmente no governo, aguardando superar a burocracia. É o caso do histórico emedebista Euler Morais, que, servidor efetivo do Governo Federal – da Embrapa -, aguarda liberação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para que ele assuma um cargo de assessoramento especial. A atuação: um tipo de braço do governo do Estado em Aparecida, atendendo aos interesses inerentes à administração, junto a empresários, políticos e público. 

Ainda sem nomeação, Euler, mesmo assim, tem se dedicado a encontros e rascunhos de projetos que podem dialogar interesses entre Aparecida e o governo. Uma das pautas é a questão da transferência do Semiaberto, estrutura do Complexo Prisional de Aparecida, para uma outra área, criando oportunidades de atrair empresas e, com isso, geração de emprego à cidade. 

Com a possibilidade de abrir centenas de vagas aos próprios presos que cumprem pena no sistema prisional goiano, como já tem ocorrido em empresas do Polo Industrial. Aliás, o Polo Industrial é um dos assuntos de convergência entre Aparecida e o governo Caiado. 

Para manter o legado de Maguito Vilela, de quem foi amigo, um emedebista confirma que a prioridade de Daniel Vilela não é obter cargos, contemplando aliados, embora o partido tenha levado alguns do segundo escalão, para beneficiar deputados e aliados fundamentais – tudo sem pressão nem recadinhos ao governador. O que Daniel Vilela quer, na verdade, já tem: ser um vice colaborativo, com “portas abertas”. 

Na prática, essa “liberdade” de Daniel tem trazido frutos. Como presidente do partido, e um eventual candidato ao governo de Goiás – com apoio de Caiado – em 2026, Daniel pode atrair atores políticos importantes. É o caso do prefeito de São Luiz, James Batista, que deixa o Solidariedade para assinar ficha de filiação do MDB brevemente. 

Daniel tem sido presente na posse de novos auxiliares, indicados por partidos importantes, como o PSD, PDT e PP. 

Uma fonte emedebista afirmou ao jornal O Hoje que há um consenso de que, não cabe ao MDB, com o espaço que já tem, exigir hegemonia. “Há no partido uma aglutinação de esforços, trabalhando em projetos de médio prazo”. Isto inclui quais estratégias a sigla deve tomar para o pleito eleitoral para Goiânia e Aparecida no ano que vem.

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