Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Aava só assumirá vice-presidência em caso de unanimidade na Câmara

Com trabalhos da CEI Comurg, tendência é que eleição para o cargo seja escanteada

Postado em: 18-03-2023 às 09h20
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Aava só assumirá vice-presidência em caso de unanimidade na Câmara
Com trabalhos da CEI Comurg, tendência é que eleição para o cargo seja escanteada. | Foto: Câmara Municipal

A vereadora Aava Santiago (PSDB) é um dos possíveis nomes que poderá assumir a primeira vice-presidência da Câmara de Goiânia. Ela, contudo, diz que não há esse interesse no momento, mas toparia se houvesse um desejo unânime entre os parlamentares.

Atualmente, ela é a 3ª secretária da mesa. Além disso, preside a Comissão de Educação e Cultura, Ciência e Tecnologia e Comissão de Direitos Humanos e Cidadania. E, ainda, está à frente da Ouvidoria da Mulher da Câmara Municipal. “Estou confortável.”

Contudo, admite que existe, de fato, um movimento que pede seu nome para assumir a 2ª vice. Uma fonte ligada ao próprio Romério, inclusive, diz que ela é um nome bem quisto pelo presidente. O mesmo interlocutor, todavia, diz que Policarpo não tem pressa nessa definição. “Ele tem maioria na Casa e não quer gerar um desgaste entre aliados.” 

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Questionada sobre a demora na escolha, ela afirma que o presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), “está sentindo a temperatura” antes de iniciar o processo. Na ocasião, ela elogiou o colega. Segundo a vereadora, o líder é muito experiente e conhece bem o funcionamento da Casa. A tucana também comentou sobre a possibilidade de ir para o posto. 

Outros nomes cotados para o cargo são: Geverson Abel (Avante), Leo José (Republicanos) e Katia Maria (PT). Thialu Guiotti (Avante) teria a função no radar, conforme apurado.

CEI da Comurg

Uma questão que também colocou de lado a primeira vice-presidência é a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigará a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O tema que gera desconforto ao paço tem tomado os holofotes da Casa e esfriado a substituição de Clécio Alves (Republicanos), ex-primeiro vice e agora deputado estadual.

A CEI, instalada na última terça-feira (14), tem como membros titulares: Thialu Guiotti (Avante) e Paulo Henrique da Farmácia (Agir) pelo bloco Ordem; Ronilson Reis (PMB) pelo Goiânia Transparente; Pedro Azulão Jr. (PSB) pelo Independência; Welton Lemos (Podemos) pelo Vanguarda; Henrique Alves pelo MDB; e pastor Isaías (Republicanos) pelo bloco Liberdade. 

Já os suplentes são: Lucas Kitão (PSD) pelo Goiânia Transparente; Denício Trindade pelo MDB; Willian Veloso (PL) pelo Ordem; e Léo José (Republicanos) pelo Liberdade. Como esperado, Ronilson Reis – que apresentou a proposta da CEI – presidirá a Comissão e Thialu Guiotti será o relator. Welton Lemos é o vice-presidente. 

Requerimento

No documento de Ronilson, consta que a CEI visa investigar as supostas irregularidades na administração, bem como as dívidas da Comurg com o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e fornecedores, contratos e aditivos. 

O vereador cita, ainda, que no ano passado o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) enviou um projeto com previsão de R$ 30,7 milhões em suplementação para a Comurg, mas que o mesmo foi retirado após pedido de explicações pelos parlamentares. Além disso, afirma que companhia tem déficit mensal de R$ 6 milhões e que aumentou de forma expressiva o número de comissionados.  

Nesta semana, o presidente Romário ainda disse, durante sessão de quarta-feira (8), que a prefeitura fez um pagamento de R$ 8 milhões à companhia por obras e serviços não realizados. Os trabalhos deveriam ocorrer em 2021.

Na última semana, o presidente da Câmara, Romário Policarpo, avaliou o colegiado como necessário. “A Câmara entendeu quando deu as assinaturas. Qualquer coisa que gera suspeita deve ser investigada. E cabe a Câmara apontar os problemas levantados, como a falta de pagamento de impostos, retenção de dinheiros de trabalhadores e estudar o contrato que a prefeitura tem com a Comurg. É uma empresa que consome boa parte do orçamento da cidade. E a Câmara tem que entender porque os recursos são consumidos lá”, disse.

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