“Não pegamos ninguém no laço, são profissionais”, diz Waldir sobre GCM na fiscalização do trânsito

Para Waldir, impasses gerados por um possível conflito de competências foram superados. Novo presidente ainda lembrou que tal função também é atribuída à PMGO e que nunca houve questionamento sobre o assunto

Postado em: 18-03-2023 às 10h10
Por: Felipe Cardoso
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Foto: Ludmila Vasconcelos/O Hoje

Em entrevista concedida aos jornalistas do Grupo O Hoje na última sexta-feira (17/3), o presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), Delegado Waldir, comentou como tem sido os primeiros dias à frente do órgão, bem como sobre a necessidade de inclusão da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no rol de agentes fiscalizadores do trânsito.

Para Waldir, os impasses gerados por um possível conflito de competências entre GCMs e servidores do Detran, como agentes de fiscalização, é um assunto superado. 

“Não podemos ficar com corporativismo e prejudicar o cidadão. Não podemos ter ‘ciúmes’ de outra instituição. Temos uma distribuição das infrações administrativas de competência federal, estadual e municipal. Isso está previsto no Código de Trânsito. Não quero e não vou entrar nas infrações de atribuição dos agentes de trânsito, mesmo porque a gente faz convênio para que eles possam executar as atividades”, ressaltou Waldir.

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“Agora, [considerando] as atribuições do Detran, já temos um convênio há muitos anos com a Polícia Militar, que em todo estado executa as atividades do Detran. E quando esse convênio com a PMGO foi questionado? Em algum momento teve essa polêmica? Nunca”, defendeu. “Em Goiânia, com mais de 1,5 milhão de habitantes, temos apenas 60 policiais militares que fazem essa fiscalização de trânsito. É um efetivo suficiente? Já foi mostrado que não. Então nós tivemos que tomar alguma ação”.

Sobre os agentes que reforçam, agora, o time de fiscalização do trânsito, o presidente assegura: “são GCMs que foram preparados e treinados para fazer esse serviço. Não pegamos ninguém ‘no laço’. São profissionais concursados, treinados e que exercerão as mesmas atribuições dos policiais militares do trânsito”.

No decorrer da entrevista, Waldir ainda abordou assuntos como as ações prioritárias que pretende implementar no Detran, o período que esteve à frente da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (DICT) — quando alcançou destaque nacional, e os planos para o futuro. 

Ao comentar sobre a nomeação para a presidência do órgão, o titular disse se sentir honrado pelo convite. “Estou muito feliz em ser designado pelo governador como presidente do Detran. Com todo respeito às demais pastas, mas acho que essa está entre as mais importantes”. 

Ele defendeu que havia, em Goiás, a necessidade de um “choque de gestão” na presidência do órgão. “Chegamos com a missão de revolucionar, modernizar e tornar o Detran mais próximo do povo”. 

E continuou: “Trabalharemos pela redução do número de mortes e controle da violência no trânsito. Queremos colocar nossa mão e trazer uma nova linha de atuação na educação do trânsito. Já estamos mostrando nosso perfil em relação a esse trabalho. Traremos para cá as campanhas mais impactantes de todo o mundo, já pedi para que busquem os melhores trabalhos já realizados para que possamos trazer mídias que causem impacto no cidadão e, sobretudo, tragam resultado”.

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