Magda e Flávio Canedo deixam PL com críticas a Vitor Hugo, que rebate

Partido está atualmente sob o comando do senador Wilder Morais

Postado em: 20-03-2023 às 07h45
Por: Redação
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Partido está atualmente sob o comando do senador Wilder Morais | Foto: Reprodução

Francisco Costa e Felipe Cardoso

Os ex-presidentes do PL, Flávio Canedo e sua esposa Magda Mofatto, deputada federal, deixarão o partido. Eles tiveram autorização do presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, para a desfiliação, mas ainda não decidiram a próxima casa. 

A assessoria dos políticos confirmou a saída, que é motivada pelas duas últimas mudanças da legenda. Antes da eleição, o deputado federal à época, Major Vitor Hugo, assumiu a presidência para disputar o governo de Goiás com as bênçãos de Bolsonaro (PL). Naquele momento, o partido estava sob o comando de Flávio Canedo. 

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Flávio e Magda estavam em viagem nos Estados Unidos e foram pegos de surpresa. Eles chegaram a fazer uma postagem sobre o significado do “silêncio” nas redes sociais, mas permaneceram no partido. A expectativa era retomar o comando quando a nova legislatura assumisse no Congresso, o que não aconteceu. O senador Wilder Morais foi quem se tornou presidente da sigla.

Ao Jornal Opção, Canedo criticou Vitor Hugo, classificando a gestão dele como terrível. Disse, ainda, que os erros cometidos podem custar a chapa de deputado estadual eleia, inclusive – a sigla não teria atingido a cota de candidatas mulheres, o que o então presidente contesta. 

Vitor Hugo, por sua vez, conversou com o Jornal O Hoje. “A nossa gestão à frente do PL conseguiu destravar o partido para receber recursos, que era uma situação desde 2016, pois não havia prestado contas. Conseguimos sair de 140 mil votos para 2,132 milhões. Saímos de uma deputada federal, para um senador, quatro federais e três estaduais. A medida de avaliação para uma gestão são os números”, rebate.

Ainda segundo ele, o partido era gerido sempre para eleger um deputado federal – no caso, Magda Mofatto. “Mesmo tendo assumido pouco antes da eleição, conseguimos esses números recordes. Nunca foi tão grande em Goiás quanto o que eu construí.”

Em relação a chapa de deputados estaduais, Major Vitor Hugo diz estar tranquilo que ela não cairá. “Cumprimos todos os ditames da lei no prazo requerido. Reunimos a Executiva para readaptar o número de homens e a própria Justiça determinou o retorno. Estou muito tranquilo, assim como os deputados estaduais”, lembra que eles participaram do encontro, naquele momento. 

Insatisfação 

O Jornal Hoje já tinha antecipado a insatisfação de Magda Mofatto quando Wilder foi anunciado como presidente. Em entrevista à reportagem, ela foi sucinta ao comentar o anúncio: “É coisa da política.”

Sobre apoiar a substituição de Vitor Hugo por Wilder, ela afirmou que ainda não tinha conversado com Valdemar. Já naquele momento, ela não enfatizava a permanência na sigla. Questionada sobre o assunto, dizia não ter “nada definido. 

Foi a segunda vez que ela foi pega de surpresa por Valdemar da Costa Neto. Como mencionado, em maio do ano passado, enquanto Magda e o marido, Flavio Canedo, viajavam para os Estados Unidos, o deputado federal Major Vitor Hugo assumiu a presidência da sigla no lugar de Mofatto. Flávio, vale lembrar, tinha se afastado do cargo ocupado naquele momento pela esposa dias antes do ocorrido.

Ao serem informados da mudança na composição do partido, o primeiro posicionamento oficial veio por meio das redes sociais. “O silêncio fala mais que mil palavras”, disseram os dirigentes em cada um de seus perfis no Instagram. 

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