Mesmo com onda de violência, governo não pretende enviar Forças Armadas ao Rio Grande do Norte

Mesmo com o agravamento da onda de violência no Rio Grande do Norte, o Governo Federal declarou na noite de domingo (19/3)

Postado em: 20-03-2023 às 08h22
Por: Ícaro Gonçalves
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Apesar de decidir pela não decretação da Garantia da Lei da Ordem (GLO), dispositivo constitucional que mobilizaria os militares, Dino disse que o que for necessário será feito | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Mesmo com o agravamento da onda de violência no Rio Grande do Norte, o Governo Federal declarou na noite de domingo (19/3) não haver razão para mobilizar militares das Forças Armadas para atuar no estado.

O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que visitou a região neste domingo a pedido do presidente Lula da Silva (PT). Apesar de decidir pela não decretação da Garantia da Lei da Ordem (GLO), dispositivo constitucional que mobilizaria os militares, Dino disse que o que for necessário será feito.

O Governo já enviou tropas da Força Nacional e o empenhou R$ 5,3 milhões nas ações de apoio na segurança e no sistema penitenciário do estado. Os atos de violência começaram na madrugada de terça-feira (14), com incêndios em ônibus e prédios públicos e privados.

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“Forças Armadas fazem guerra, defesa da soberania, guerra externa. Só coloca Forças Armadas na segurança pública quando há colapso absoluto da segurança. Não estamos aqui para sermos irresponsáveis, fazer fake news, espetáculo político. Espero que não seja necessário GLO para resolver o problema, se for faremos”, afirmou o ministro.

Reforço na segurança

Também no domingo (19), o presidente Lula conversou com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra. Lula garantiu o envio de mais viaturas, armas e também a reestruturação do sistema penitenciário potiguar, com a construção de novas unidades. 

Em entrevista, Dino evitou falar nas razões que deram início à crise, disse que fará novo diagnóstico nesta noite com autoridades locais. Segundo ele, trata-se de uma “crise em processo de controle” e que “vem de razões estruturais de longa data”.

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