Vitor Hugo não descarta concorrer em Goiânia ou Anápolis

O ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL) não pretende se afastar da política. Derrotado em 2022 na disputa ao governo de Goiás, ele pretende entrar na corrida eleitoral de 2024 em Goiânia ou Anápolis, cidades que se identifica e foi bem votado no ano passado, de olho em 2026. “Qual função e cidade ainda não defini”, revelou ao Jornal O Hoje. 

Na disputa ao governo de Goiás, Vitor Hugo teve 516,5 mil votos – ficando em terceiro, atrás de Gustavo Mendanha (Patriota), 879 mil; e Ronaldo Caiado (União Brasil), 1,8 milhão. Ele cita que foram mais de 117 mil votos na capital e outros 46 mil Anápolis. “Em algumas outras cidades, como Cristalina e Jataí tive proporções maiores. Mas são pequenas para me projetar para 2026.”

Segundo ele, o foco é não sair da política goiana. Ele cita, inclusive, que a mágoa dos produtores rurais em relação ao governador Ronaldo Caiado tem contribuído para uma aproximação. Vale lembrar, no fim do ano passado a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou o projeto da governadoria de taxação do agro. A medida, cujo objetivo é compensar perdas do ICMS, gerou muita insatisfação no segmento.

Além disso, Vitor Hugo aposta no trabalho como deputado. “Foram quase R$ 370 milhões em emendas em aproximadamente 200 municípios.” A maior parte em Goiânia e Anápolis. Ele explica que, deste montante, R$ 160 milhões já estão pagos. Outros R$ 120 mi estão empenhados e o restante está com “outras situações”. 

“Ainda há um trabalho imenso por fazer. Preciso ir nas cidades e mostrar que fui eu que fiz. Mas as cidades que me dediquei mais foram Goiânia, com R$ 40 mi em emendas, e Anápolis, com aproximadamente R$ 10 mi”, reforça. 

Goiânia

Na capital, a disputa pelo paço municipal promete ser quente em 2024. Além do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que trabalha por viabilizar seu nome para disputar a reeleição, o próprio PL tem algumas opções, além de Vitor Hugo. Presidente metropolitano da legenda, o deputado federal Gustavo Gayer pode ser o nome do partido. Outro que se coloca à disposição é o deputado estadual, Delegado Eduardo Prado. 

Pelo PT, existe o favoritismo da deputada federal, Delegada Adriana Accorsi. Ela, contudo, tem dito que não tem o desejo de concorrer. Neste caso, o partido poderia utilizar o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e suplente na Câmara dos Deputados, Edward Madureira. 

Outro nome que estaria cotado é do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Romário Policarpo (Patriota). Segundo apurado, as negociações para que ele se filie no PT para concorrer ao paço esquentaram. 

O MDB, por sua vez, estaria trabalhando firme para garantir o nome de Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito Iris Rezende, na disputa. Conforme interlocutores, ela é o “plano A, B e C” do partido do vice-governador. Além disso, o próprio governador Ronaldo Caiado gostaria de apoiá-la, segundo fontes. 

Mas se o União Brasil de Caiado entrar na disputa, o que não falta são nomes. Pelo menos quatro: o ex-deputado federal e presidente do Detran, Delegado Waldir; o deputado estadual e presidente da Alego, Bruno Peixoto; e os deputados federais Zacharias Calil e Sylvie Alves. 

Anápolis

Anápolis, por sua vez, deve ter o deputado estadual e ex-prefeito da cidade, Antônio Gomide (PT), na disputa. Outra possibilidade é suplente do MDB na Câmara, Márcio Correa. Quem também é cotado no páreo é parlamentar da Alego, Coronel Adailton (Solidariedade).

Roberto Naves (PP), que termina o segundo mandato no ano que vem, apoiar o vice dele, Márcio Cândido (PP), na disputa, ou mesmo o presidente da Câmara Municipal, vereador Leandro Ribeiro (PP).