Ministro manda apurar vazamentos em inquérito que investiga Temer

Raul Jungmann declarou, em nota, que que é “inadmissível” comprometer o direito de defesa de qualquer cidadão ou do Senhor Presidente da República

Postado em: 27-04-2018 às 17h51
Por: Victor Pimenta
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Raul Jungmann declarou, em nota, que que é “inadmissível” comprometer o direito de defesa de qualquer cidadão ou do Senhor Presidente da República

O ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul
Jungmann, determinou que a Polícia Federal (PF) apure o vazamento de
informações sobre o inquérito que investiga supostas irregularidades no Decreto
9.048, conhecido como Decreto dos Portos. Em nota divulgada hoje (27), o
ministro acrescentou que é “inadmissível” comprometer o direito de defesa de
qualquer cidadão ou do Senhor Presidente da República. O ministro acrescentou
que vazar informações é ato passível de sanções penais.

“Determinei ao Diretor Geral da Polícia Federal a imediata
apuração do possível vazamento ocorrido no curso do inquérito policial […] A
violação do sigilo profissional pelos responsáveis pela condução dessa ou de
qualquer outra investigação é conduta passível de sanção
administrativo-disciplinar, cível e penal. Além disso, depõe contra o
reconhecido profissionalismo das instituições investigadoras”, diz a nota
assinada por Jungmann.

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Em pronunciamento, na manhã de hoje, o presidente Michel
Temer se queixou do vazamento de informações a respeito do inquérito sobre o
Decreto dos Portos, em que ele é um dos investigados. “Como é que a imprensa
consegue estas informações? Eu duvido que a imprensa entre de madrugada, seja
na Polícia Federal ou onde seja, para, digamos, sorrateiramente ter acesso a
esses dados. Alguém, naturalmente, vaza esses dados irresponsáveis”. Temer,
então, disse que pediria a Jungmann uma investigação a respeito dos vazamentos.

Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pela Folha de
S.Paulo, em apuração preliminar, a Polícia Federal acredita que existem
indícios de que o presidente tenha usado dinheiro de propina para reformar
imóveis da família e ocultado bens em nome de terceiros. No mesmo
pronunciamento, Temer se defendeu das supostas acusações. “Não tenho casa de
praia, não tenho casa de campo, não tenho apartamento em Miami, não tenho
vencimentos e salários a não ser aqueles dentro da lei”.

 Fonte: Agência Brasil.

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