Bolsonaro recebeu em mãos 3º pacote de joias, diz Estadão

O presente, avaliado em cerca de R$ 500 mil, foi entregue durante viagem a Arábia Saudita

Postado em: 28-03-2023 às 08h28
Por: Francisco Costa
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O presente, avaliado em cerca de R$ 500 mil, foi entregue durante viagem a Arábia Saudita (Foto: Alan Santos/PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu uma terceira caixa de joias em 2019. Segundo o Estado de S. Paulo, o presente, avaliado em cerca de R$ 500 mil, foi entregue em mãos durante viagem a Arábia Saudita.

O conjunto revelado pelo jornal inclui: um relógio da marca Rolex, de ouro branco e cravejado de diamantes; uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras encrustadas; um par de abotoaduras em ouro branco, com brilhante cravejado no centro e outros diamantes ou redor; um rosário árabe de ouro branco, com pingentes cravejados em brilhantes conhecido como “masbaha”; e um anel de ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor.

De acordo com a reportagem, o Estadão teve acesso ao documento que comprova a entrega da caixa ao então presidente. O presente foi dado entre 28 e 30 de outubro de 2019, quando ele esteve em Doha, Qatar, e Riade, na Arábia Saudita, em viagem oficial. No Brasil, estes foram levados para o acervo privado de Bolsonaro.

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Vale lembrar, os outros dois presentes, também conjuntos de joias, foram mandados por intermediários. O governo do ex-presidente teria tentado passar os itens no País sem declarar à Receita Federal, conforme revelou reportagem do começo deste mês.

As primeiras peças seriam um presente da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro, então primeira-dama. Estas (anel, colar, relógio e brincos de diamante) são avaliadas em R$ 16,5 milhões. Elas foram apreendidas na mochila do ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia), no aeroporto de Guarulhos, em outubro de 2021. Bolsonaro tentou recuperá-las oito vezes, conforme o Estadão.

O segundo pacote de joias também foi apreendido em outubro de 2021, mas não entram na avaliação de mais de R$ 16 milhões. São: um masbaha, um relógio, um par de abotoaduras, uma caneta e um anel.

À época, Bolsonaro negou qualquer irregularidade e disse que não pediu e nem recebeu presentes. Michelle afirmou não ter conhecimento dos itens. Já o ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten, declarou que as joias iriam para o acervo presidencial. A Receita Federal, por sua vez, relatou que a gestão não seguiu os procedimentos para incorporar as peças ao acervo da União.

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