Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Mais Brasil é o favorito, diz Magda Mofatto sobre próximo partido

Legenda será fusão do Patriota com PTB; deputada diz que ainda avalia propostas

Postado em: 31-03-2023 às 07h47
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Mais Brasil é o favorito, diz Magda Mofatto sobre próximo partido
Legenda será fusão do Patriota com PTB; deputada diz que ainda avalia propostas | Foto: Divulgação/ Câmara dos Deputados

Atualmente sem partido, a deputada federal Magda Mofatto disse que tem recebido diversas propostas de filiação, mas que o Mais Brasil é o favorito. Trata-se da fusão do Patriota e do PTB, que ainda não se concretizou, mas que deve acontecer em breve.

De acordo com ela, tem conversado com a direção do Patriota sobre esta filiação. Contudo, ela não deve se filiar antes que ocorra a fusão com o PTB. “Existe a conversa e estamos analisando. Também existem outros convites”, disse ao frisar que não fecha nenhuma porta. 

Em relação à fusão que dará origem ao Mais Brasil, desde janeiro o partido aguarda apenas homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ou seja, o processo está praticamente finalizado. O estatuto está pronto e o novo partido já foi registrado em cartório, conforme o presidente do Patriota, Jorcelino Braga, disse à época. 

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Os ex-presidentes do PL, Flávio Canedo e sua esposa Magda Mofatto, deputada federal, deixaram o partido neste mês de março. Eles tiveram autorização do presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, para a desfiliação. 

A assessoria dos políticos confirmou a saída, que foi motivada pelas duas últimas mudanças da legenda. Antes da eleição, o deputado federal à época, Major Vitor Hugo, assumiu a presidência para disputar o governo de Goiás com as bênçãos de Bolsonaro (PL). Naquele momento, o partido estava sob o comando de Flávio Canedo. 

Flávio e Magda estavam em viagem nos Estados Unidos e foram pegos de surpresa. Eles chegaram a fazer uma postagem sobre o significado do “silêncio” nas redes sociais, mas permaneceram no partido. A expectativa era retomar o comando quando a nova legislatura assumisse no Congresso, o que não aconteceu. O senador Wilder Morais foi quem se tornou presidente da sigla.

Ao Jornal Opção, à época, Canedo criticou Vitor Hugo, classificando a gestão dele como terrível. Disse, ainda, que os erros cometidos podem custar a chapa de deputado estadual eleia, inclusive – a sigla não teria atingido a cota de candidatas mulheres, o que o então presidente contesta. 

Vitor Hugo, por sua vez, conversou com o Jornal O Hoje. “A nossa gestão à frente do PL conseguiu destravar o partido para receber recursos, que era uma situação desde 2016, pois não havia prestado contas. Conseguimos sair de 140 mil votos para 2,132 milhões. Saímos de uma deputada federal, para um senador, quatro federais e três estaduais. A medida de avaliação para uma gestão são os números”, rebate.

Ainda segundo ele, o partido era gerido sempre para eleger um deputado federal – no caso, Magda Mofatto. “Mesmo tendo assumido pouco antes da eleição, conseguimos esses números recordes. Nunca foi tão grande em Goiás quanto o que eu construí.”

Em relação a chapa de deputados estaduais, Major Vitor Hugo disse estar tranquilo que ela não cairá. “Cumprimos todos os ditames da lei no prazo requerido. Reunimos a Executiva para readaptar o número de homens e a própria Justiça determinou o retorno. Estou muito tranquilo, assim como os deputados estaduais”, lembra que eles participaram do encontro, naquele momento. 

Vale lembrar o Jornal Hoje já tinha antecipado a insatisfação de Magda Mofatto quando Wilder foi anunciado como presidente. Em entrevista à reportagem, ela foi sucinta ao comentar o anúncio: “É coisa da política.”

Fusão do Patriota e PTB

A fusão com PTB, no fim do mês de outubro, foi confirmada, à época, pelo próprio presidente estadual petebista, Eduardo Macedo. Vale citar, como o Patriota elegeu mais nomes na Câmara Federal – foram 4 a 1 –, uma das exigências é que os ex-deputados federais Roberto Jefferson, Cristiane Brasil e Eduardo Cunha não façam parte da nova sigla. 

Na esfera nacional, o presidente do Patriota, Ovasco Resende, deverá se manter como o líder do novo partido. Jorcelino ficará com a secretaria-geral, como já tinha revelado. “Foi uma decisão de 50% a 50% [para os dois partidos, o PTB e o Patriota]. Nesses primeiros dois anos seria essa a formação.”

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