Exército pode punir militares que comemorarem golpe de 1964
Nesta sexta-feira (31/3), fazem 59 anos do golpe de Estado que instaurou a ditadura no país
Por: Luan Monteiro

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, disse a interlocutores que militares que comemorarem o golpe militar de 1964 poderão ser punidos. Nesta sexta-feira (31/3), fazem 59 anos do golpe de Estado que instaurou a ditadura no país.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, o Força Armada está preocupada com o movimento organizado por reservistas no Rio de Janeiro. Generais ouvidos pelo jornal paulista afirmaram que a presença de militares da ativa em ocasiões como esta não são raras.
O Exército, em diálogo com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica, decidiu manter silêncio sobre a data de aniversário do golpe militar de 1964, com o objetivo de evitar desgastes e conflito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Ministério Público Federal (MPF), pediu para que a Justiça do Distrito Federal retirasse do ar a nota publicada pelo Ministério da Defesa que exaltava a ditadura militar. O material afirmava que o golpe de 1964 é “marco histórico da evolução política brasileira” e “fortalecimento da democracia”. À época, o ministro que comandava a pasta era o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.