“Reconstrução do PSDB em Goiás passa por Marconi”, diz Lêda Borges

Deputada federal disse ao O HOJE, que partido deve apostar em lideranças regionais para se reposicionar a partir das eleições de 2024 e 2026

Postado em: 04-04-2023 às 07h43
Por: Redação
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Federação também está entre as apostas | Foto: Ludmila Vasconcelos/ O Hoje

Felipe Cardoso e Francisco Costa

É inegável que o PSDB, partido do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, sofreu baixas significativas ao longo dos últimos anos. Na leitura de alguns players políticos, o partido foi dilacerado e precisará, agora, correr atrás do prejuízo. Para voltar a figurar entre os protagonistas, o partido precisará se reorganizar de olho nas eleições de 2024 e 2026. 

Dentre os mandatários, a principal liderança no atual cenário é, sem dúvidas, da deputada federal Lêda Borges. Tucana de carreira, Lêda será uma espécie de ‘peça-chave’ no que diz respeito ao processo de recondução do partido aos holofotes. 

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Para falar desse e outros assuntos, a federal visitou a sede do jornal O HOJE na manhã da última segunda-feira (3/4). Ao comentar o assunto, a tucana disse que reconstruir a importância do partido em Goiás dependerá, sobretudo, dos próximos passos do ex-governador Marconi Perillo. 

“Temos o Eduardo Leite [governador do Rio Grande do Sul] no comando nacional. No que diz respeito a Goiás, é algo que passa pela liderança do Marconi. Mesmo sendo a única representante com mandato do PSDB no Congresso, nós temos ele como líder e é ele quem vai nos conduzir nesse processo”. 

Dentre as estratégias para isso, a tucana destacou a divisão e distribuição de responsabilidades entre as lideranças das diferentes regiões do estado. “Sem isso, seria muito difícil atingir uma reestruturação considerável. Não só pelo tamanho do estado, mas pela quantidade de municípios. Há uma conversa em andamento para que coloquemos uma liderança responsável por cada região. Esse planejamento facilita o nosso trabalho de maneira com que iremos colher mais frutos”, explicou. 

Ao que tudo indica, apesar do comprometimento de Marconi em trabalhar para reconstruir o partido de olho nos próximos anos, o ex-governador não deve concorrer nas eleições do ano que vem. “O Marconi tem dito que não vai disputar em 2024. Há uma afirmação dele nesse sentido. Mas ele diz que estará nas eleições de 2026”, reafirmou Borges ao ser questionada sobre o assunto. 

Federação

Uma das formas que o PSDB tem apostado na tentativa de se levantar enquanto partido político influente passa pelo processo de federação com outras siglas. Os tucanos se aliaram ao Cidadania nas eleições de 2022 e, ao que tudo indica, querem mais. 

Durante a entrevista, a deputada confirmou que existe um diálogo em andamento com a Renata Abreu, presidente nacional do Podemos. “Esse está mais avançado”, relatou. Quanto ao MDB, porém, disse caminhar com mais dificuldade. “Houve um recuo. O avanço hoje eu diria que é com o Podemos. É que as vezes determinado estado concorda, outro não. Para haver uma federação é necessário um entendimento para que o agasalhamento aconteça. Por isso a dificuldade em federar, em especial como  MDB que tem uma característica partidária mais ampla”. 

O bate-papo cin a deputada foi dividido em diferentes tópicos que serão publicados ao longo da semana tanto no jornal impresso quanto no portal de notícias ohoje.com.

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