Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Para Caiado, PSD já teria assumido Casa Civil, mas sigla discute atribuições

Partido deve dar resposta ao governador após feriado, quando Vilmar Rocha volta de viagem

Postado em: 05-04-2023 às 07h44
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: Para Caiado, PSD já teria assumido Casa Civil, mas sigla discute atribuições
Partido deve dar resposta ao governador após feriado, quando Vilmar Rocha volta de viagem | Foto: Divulgação

Não fosse a viagem do presidente do PSD, Vilmar Rocha, a São Paulo, e a falta de projeto para a Casa Civil – com novas atribuições – elaborado pelo partido, o ex-deputado Francisco Júnior, nome da legenda para o primeiro escalão, teria sido empossado nesta segunda-feira (3).

Pelo menos era a vontade do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que pediu a Vilmar Rocha que oferecesse uma lista tríplice de nomes do partido para o time de auxiliares de primeira linha do segundo mandato.

Além de Francisco Júnior, o presidente da sigla indicou o ex-deputado estadual Max Menezes e o presidente metropolitano do PSD, Simeyzon Silveira. Escolhido pelo governador, Francisco Júnior foi chamado ao Palácio para ouvir de Caiado que lhe seria oferecida a Casa Civil.

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Em entrevista ao jornal O Hoje nesta terça-feira, Francisco Júnior confirmou à reportagem: “Para o governador, eu tomaria posse ontem [segunda, dia 3]. Agora, a gente, do partido, está conversando. E estou aguardando a volta do presidente Vilmar Rocha de viagem para que a gente defina alguns pontos. O convite foi feito de forma objetiva pelo governador, mas é preciso discutir algumas atribuições da pasta”.

O governador Ronaldo Caiado deu posse a dois auxiliares da gestão estadual nesta segunda-feira (03/04), em solenidade no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Enquanto Pedro Sales assumiu a recém-criada Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), o ex-ministro de Cidades [governo Temer],  Alexandre Baldy, se tornou o novo presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), cargo antes ocupado por Sales.

Conforme a reportagem apurou com fontes, a propósito de ter mais protagonismo político, o partido, ao aceitar a Casa Civil, teme que a atuação de Francisco Júnior seja esvaziada e cause um “sumiço” na areia movediça de uma atuação discreta e à sombra da burocracia. Na contramão disso, Francisco revela: “Propus ao governador que a gente pudesse discutir atribuições”.

Por isso, como diz o próprio futuro auxiliar de Caiado, ele já disse que estudaria mudanças de atribuições junto ao partido. Como exemplo, Francisco Júnior cita: “A gente pode contribuir com a implantação do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (Codemetro). “É algo interessante, mas uma estrutura que nunca foi implantada. E tem afinidade com a minha formação”, defende ele.

De qualquer forma, é bem provável que o governador, que tem imenso respeito e gratidão pelo Vilmar Rocha, que a maioria, senão todas, as mudanças sejam aceitas por Caiado. Questionado, Francisco Júnior, no entanto, não dá mais detalhes do que tem sido discutido nos bastidores da negociação que pode contemplar mais um grupo aliado do governador, sobretudo quando da disputa pela reeleição ao governo no ano passado.

Enquanto isso, já existem nos bastidores discussões sobre a presidência estadual do PSD em Goiás. É que o mandato de Vilmar Rocha termina mês que vem e, como é de praxe, é comum que haja disputa interna.

Com isso, insurge o nome do senador Vanderlan Cardoso, que pode disputar e assumir o cargo, tendo em vista o protagonismo que ele tem no Congresso Nacional. Vale lembrar que Vanderlan assumiu, em março, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma das importantes do Senado, sobretudo em período fundamental, com discussões da nova regra fiscal apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores).

Para Francisco Júnior, é natural que Vanderlan assuma o diretório estadual. “Ele é senador do partido, tem o nome mais posicionado, ao contrário de mim e do Vilmar. Mas tem também o Ismael Alexandrino [na Câmara Federal] com mandato.”

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