Ministério do Trabalho reativa ‘lista suja’ de trabalho análogo à escravidão

Somente em Goiás, 15 empresários são suspeitos de ofertarem trabalhos irregulares

Postado em: 05-04-2023 às 10h15
Por: Mariana Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: Ministério do Trabalho reativa ‘lista suja’ de trabalho análogo à escravidão
Somente em Goiás, 15 empresários são suspeitos de ofertarem trabalhos irregulares | Foto: Divulgação/ Abr

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (5), o Cadastro de Empregadores, conhecido como ‘lista suja’ do trabalho analogo à escravidão. A nova edição faz um levantamento de 109 empregadores físicos e 23 empresas que foram flagradas nas operações.

Entre as empresas, constam a Continental Tobaccos Alliance, localizada em Venâncio Aires (RS). Nove pessoas também foram localizadas em uma fazenda de plantação de tabaco da empresa em condições análogas, das quais cinco eram menores de idade.

A retomada da operação foi confirmada, nesta terça-feira (4) pelo ministro Luiz Marinho. Sobre a operação, ele ressalta que os resgates realizados nos primeiros 90 dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva já indicam que 2023 pode registrar um terrível recorde. “Em 90 dias, 1.010 trabalhadores foram libertados e, nessa velocidade, (este ano) vai ser o recorde provavelmente”, relatou.

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O ministro, porém, relatou que irá intensificar a fiscalização. “Qualquer notícia do trabalho escravo é muito negativa para o segmento econômico, para a balança comercial e para o Brasil. Não é bonito para o país ver o Ministério do Trabalho falar que teve 10 mil trabalhadores libertados. O bonito é não ter nenhum trabalhador sujeito ao trabalho escravo. Esse é o objetivo pelo qual estamos atuando para alcançar e punir”, assegurou.

Entre os os estados com amis mais resgates estão Minas Gerais, Goiás, Pará, Piauí, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Minas Gerais, é o campeão absoluto em empregadores inscritos na nova edição com 36 casos. Em seguida, Goiás, com 15 empresários incluídos; Pará, com 11; Mato Grosso do Sul, com oito; e Paraná e Santa Catarina, cada um com sete casos.

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