Os 100 dias de Lula são a face de Bolsonaro em frustrações

Lula não conseguiu sinalizar ao País que têm um projeto consistente para enfrentar os grandes desafios econômicos e sociais

Postado em: 06-04-2023 às 21h35
Por: Wilson Silvestre
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Lula não conseguiu sinalizar ao País que têm um projeto consistente para enfrentar os grandes desafios econômicos e sociais. | Foto: Sérgio Lima/Poder360

Prestes a completar 100 dias à frente do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua entourage ainda não conseguiram sinalizar ao País que têm um projeto consistente para enfrentar os grandes desafios econômicos e sociais.

Até o momento, só narrativas, rusgas entre a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, no ataque contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, atuando como elefante em loja de louças no Planalto e a primeira-dama Janja Lula da Silva dando pitacos e agindo como popstar. Sem falar no presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que sonha em disputar a presidência de Lula em 2026.

Não para aí. A mais hilária foi a inauguração do letreiro do Ministério da Cultura na Esplanada com direito a show musical e, evidente, discursos descendo a borduna em Jairo Bolsonaro. Ao contrário do que Lula prometeu, que uniria o País, faz um grande esforço para mantê-lo dividido. Para tanto, dia sim, outro também, desancar o governo do antecessor virou rotina e projeto de poder.

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A ideia é apagar tudo o que foi construído até Dilma Rousseff ter sido desalojada do Alvorada. A história será recontada e a ‘desconstrução’ de Bolsonaro desvia a atenção dos reais problemas do País. Por sua vez, Bolsonaro volta ao Brasil e, pasmem, o principal assunto é o governo Lula. Resumo da história: os dois se autoalimenta numa espécie de terceiro turno eleitoral. Concreto nos 100 dias são as mudanças de nomes de programas, principalmente sociais, e incertezas atiradas ao vento quanto à economia.

A favor dos empresários, mas…

“Ouvi que o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] teria dito que, para manter 3% (de meta de inflação) teria que ter um juro de 20%. É algo não razoável. Se a meta está errada, muda-se a meta. Não se pode permitir que empresário tome crédito com essa taxa de juros.” Lula em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (6). O Banco Central e os juros viraram fixação e ele garante que, quando retornar da China, “vai mudar isto”.

Haddad… nem tanto

Fernando Haddad tem dito em suas entrevistas que “o governo também quer proibir que empresas que recebem incentivos fiscais concedidos pelos Estados possam abater esse crédito da base de cálculo de impostos federais”. Vem arrocho por aí.

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