Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Pedro Sales pode disputar Goiânia se houver pedido de Caiado

Secretário de Infraestrutura diz que nunca recusou uma demanda do governador

Postado em: 08-04-2023 às 07h59
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Pedro Sales pode disputar Goiânia se houver pedido de Caiado
Secretário de Infraestrutura diz que nunca recusou uma demanda do governador | Foto : Reprodução/ Octacílio Queiroz

Secretário de Infraestrutura do Estado, Pedro Sales tem sido cada vez mais ventilado como possível postulante ao paço municipal de Goiânia. Apesar de negar qualquer conversa nesse sentido, quando questionado se disputaria em caso de pedido do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), ele diz que nunca negou um pedido do gestor.

“Nunca recusei um convite do governador. Até hoje aceitei todos que me fez. Para assessor no Senado, titular da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra)… Sempre fui muito leal a tudo que ele me pediu”, diz o homem, indiscutivelmente, de confiança de Caiado.

Em relação ao pleito, contudo, ele faz uma ressalva. “Acredito que essa questão de prefeitura passe por outros líder partidários, outro contexto. Acredito que o que me cumpre, neste momento, é desempenhar meu papel na Infraestrutura (Seinfra).”

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Pedro assumiu a Seinfra nesta semana. E, apesar do que já revelou sobre eleições, revela que nunca tratou com o governador sobre as eleições municipais. “Meu compromisso é concluir o governo como secretário”, reforça. 

Ele emenda: “Se houver espaço para algum capital político no fim [2026], pode haver uma situação como deputado federal. Mas não dá para ver de antemão. É necessário um trabalho sólido, de grandes entregas.”

Primeiro passo

Sales assume a Seinfra em um momento de discussão judicial, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, suspendeu a taxa do agro. Segundo ele, o primeiro passo à frente da pasta é fazer esse debate jurídico do STF com o fundo. 

O homem de confiança de Caiado cita, ainda, a necessidade de atuação conjunta com outras pastas, como a Goinfra, Saneago, Codego e a Agência Goiana de Habitação (Agehab). “Então, o segundo momento é verificar junto a Goinfra e setor produtivo obras estratégicas, como colocar o plano da Agência. Também temos debates importantes com a Agehab para ajudar a expandir os programas que deixamos”, argumenta brevemente. 

Ele cita, ainda, a Saneago e um compromisso com diversos prefeitos para expandir parcerias privadas que estão em voga desde o começo do marco regulatório do saneamento; e a Codego em relação ao semiaberto de Aparecida de Goiânia. “Estaremos juntos com cada uma delas [pastas]. A Seinfra é um núcleo de coordenação de infraestrutura.”

Taxa do Agro

Vale lembrar, Toffoli aceitou pedido de liminar feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e suspendeu efeitos da lei que cria o Fundo de Infraestrutura (Fundeinfra) em Goiás, conhecido como a taxa do agro. A decisão é de segunda-feira (3), à noite. 

No despacho, ele justificou que, após uma análise inicial, pareceu-lhe que a criação do fundo violou o artigo 167 da Constituição, no inciso que proíbe a abertura de crédito suplementar ou especial “sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes”.

O ministro também argumentou que há risco de haver desrespeito do artigo 155 da Constituição, no parágrafo e incisos que colocam limites constitucionais à atividade tributária dos estados, no âmbito do ICMS.

No mesmo dia, o governador se manifestou. “[A decisão] não é terminativa e acredito que será revertida no plenário do STF. Tenho a convicção de que os demais ministros vão se sensibilizar e compreender a constitucionalidade e a necessidade das leis que permitiram ao governo de Goiás criar o Fundo Estadual de Infraestrutura”, destacou Caiado. 

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