Kajuru e Flávia estão otimistas com federação entre PSB e PDT

Há expectativa de que federação fortaleça os partidos e eleve a capacidade de ocupar postos de destaques

Postado em: 11-04-2023 às 07h57
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: Kajuru e Flávia estão otimistas com federação entre PSB e PDT
Há expectativa de que federação fortaleça os partidos e eleve a capacidade de ocupar postos de destaques | Foto: Reprodução/ Montagem: O Hoje

O senador Jorge Kajuru se irrita ao ser questionado se o PSB, do qual é filiado, tem interesse na federação com o PDT por uma questão de “sobrevivência”. Com conversas avançadas, os partidos, a nível nacional, aguardam tratativas em determinadas zonas de conflito, como São Paulo. 

Enquanto em solo goiano, a questão está praticamente solucionada. Sob a presidência do ex-deputado federal e secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, o PSB está alinhado com o PDT da deputada federal Flávia Morais. 

No pleito passado, o PSB goiano saiu enfraquecido, sem a única vaga na Câmara Federal. É que Elias Vaz não conseguiu reeleger-se. Ao mesmo tempo, o polêmico radialista, que está no Senado desde 2018, ia costurando um protagonismo no Congresso Nacional, se tornando líder do partido e vice-líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. 

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Em conversa com o repórter do jornal O Hoje nesta segunda-feira (10), kajuru não gostou de ser perguntado se a federação de seu partido com o PDT seria uma forma de conseguir uma sobrevivência. “Como que está fraco se tem senador e líder no Senado?”. 

Kajuru disse, ainda, que tanto PSB quanto PDT pensam do mesmo jeito. “Somos amigos e tem tudo a ver. Quem precisa de sobrevivência é o PSDB, que está morto. É ele que precisa”. 

A respeito da construção de chapas no interior goiano para as eleições do ano que vem, Kajuru afirma que tem sido procurado por lideranças de diversos municípios, com nomes que podem compor chapas competitivas para legislativo e executivo. 

“Todas as cidades têm me procurado e eu falo com o Elis e peço opinião, autorização. Já fui procurado por Itumbiara, Caldas Novas, Cristalina. Só gente que quer se filiar ao PSB”, afirma o senador. 

Indagado sobre a relação com o presidente do partido, Elias Vaz, ele completa que tem dado o apoio necessário. “Elias tem trabalhado demais. E eu também, mas estamos na mesma sintonia”, diz. 

Kajuru comenta, ainda, como anda a relação com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é vice-líder. “No começo errava demais. O presidente falava demais. Não peço nada para o Lula. Enquanto o governo estiver acertando, estou aí para ajudar. A parte econômica foi muito bem. Conversei com vários empresários. Trouxe 30 empresários e saíram satisfeitos. Todo mundo de boca aberta com o que o governo propõe”, salienta Kajuru. 

A deputada federal Flávia Morais, do PDT, também conversou com o jornal O Hoje sobre o andamento da federação entre as siglas. “Está caminhando a nível nacional”, diz a parlamentar. Ela diz que ainda existe uma residência por parte do presidente nacional do PT, Carlos Lupi.  “ O que não se sabe é se a federação vai passar a valer já em 2024 ou vai ficar para 2026”. 

Flávia reconhece que a federação é um grande impulso para o PDT que, atualmente com 16 prefeituras, pretende lançar 50 candidaturas para o pleito do ano que vem. “O PDT, PSB e Solidariedade têm uma afinidade ideológica que fortalece o projeto”, explica ela. “Uma federação vai ser muito boa para o crescimento de todos os partidos”, reconhece. 

O presidente estadual do PDT, George Morais, que é marido de Flávia, tem a mesma opinião da parlamentar, de que a estratégia de construir uma federação tornaria os partidos mais fortes para as eleições. “ Já estamos com encontros regionais, criando alguns pré-candidatos pelo partido. Estamos com a expectativa de lançar 50 candidatos a prefeito e também, se tiver essa federação, vai facilitar porque PSB e Solidariedade podem lançar outros nomes”. 

Para George, haverá facilidade para construir chapas sólidas porque os partidos vão poder se unir com outras legendas. “Na verdade, a gente pode procurar outros partidos para ser vice, além da federação. Assim aumenta a possibilidade de alcançar mais mandatos”, reconhece ele.

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