Marina Silva denuncia desmonte na fiscalização ambiental durante governo Bolsonaro

Segundo a ministra, nos primeiros três meses do novo governo, foi possível aumentar o número de apreensões em 133% e as multas ambientais em 219%

Postado em: 18-04-2023 às 08h30
Por: Rodrigo Melo
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Segundo a ministra, nos primeiros três meses do novo governo, foi possível aumentar o número de apreensões em 133% e as multas ambientais em 219% | Foto: Valter Campanato

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (REDE) afirmou, nesta segunda-feira (17/4), que encontrou um desmonte na fiscalização ambiental do país durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorreu durante o seminário sobre os direitos dos povos indígenas, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo a ministra, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem atualmente 700 servidores para fiscalizar o cumprimento da lei ambiental em todo o país. No entanto, conforme a fala dela, em 2008, quando chefiou a pasta, deixou o Ibama com 1,7 mil fiscais. Neste ano, ao retornar ao comando da pasta, encontrou apenas 700 servidores.

“[No] governo Bolsonaro, quando a gente diz terra arrasada, [que] houve um desmonte, é um desmonte mesmo. É com esses fiscais que nós estamos trabalhando. Ainda bem que já conseguimos concurso para o Ibama, o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] e o ministério”, afirmou.

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Apreensões

A ministra também informou que nos primeiros três meses do governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi possível aumentar o número de apreensões em 133% e as multas ambientais em 219%. Os dados foram comparados aos registrados no mesmo período do governo anterior.

“Isso significa Estado Democrático de Direito. As leis em beneficio público, do Estado”, disse Marina Silva.

Na palestra, a ministra também falou sobre o trabalho de retirada de garimpeiros ilegais das terras indígenas. Marina relatou que as equipes que estavam em aviões e balsas foram atacadas com tiros. “É muito difícil, porque é uma mistura de tráfico de armas, de drogas”, completou. (Com informações da Agência Brasil)

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