O retrato da disputa à Prefeitura de Aparecida no ano que vem

Vilmarzinho, atual prefeito, ainda não convenceu parte dos influentes políticos locais

Postado em: 24-04-2023 às 07h46
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: O retrato da disputa à Prefeitura de Aparecida no ano que vem
Vilmarzinho, atual prefeito, ainda não convenceu parte dos influentes políticos locais | Foto: Reprodução

Para qualquer político, Aparecida é uma mina de ouro eleitoral. Foi lá que a deputada federal Silvye Alves obteve mais votos. Em seguida, vem, à reeleição, o Professor Alcides e, depois, Glaustin da Fokus. 

Para o pleito do ano que vem, conta muito o resultado da disputa de 2018. Por isso, o trio pode ser uma pedra no caminho do atual prefeito, Vilmar Mariano. As eleições municipais no ano que vem em Aparecida são uma incógnita para a maioria dos vereadores da cidade.

Embora a maioria tenha alguma conexão com Vilmar, mais conhecido como Vilmarzinho, existe uma dúvida sobre a viabilidade do homem que assumiu a cadeira do terceiro mais importante executivo goiano. O primeiro, claro, é do governador Ronaldo Caiado (União Brasil); segundo, o Paço, ocupado por Rogério Cruz (Republicanos). 

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Vilmar, que antes era um atuante vereador de Aparecida, foi vice de Gustavo Mendanha (Patriota), que deixou a prefeitura para concorrer ao Governo de Goiás, empreitada que terminou em segundo lugar em uma disputa em segundo lugar com a reeleição de Caiado. 

Com vários grupos de olho na prefeitura de Aparecida e sem a consolidação do grupo de Mendanha no poder aparecidense, fica complicada a situação de Vilmar diante do que parece uma dispersão do grupo de Mendanha, que advinha do grupo emedebista de Maguito Vilela. 

A chegada de grupos pró-Caiado e a influência entre aspas do Professor Alcides – com a popularidade e poderio econômico – pode diminuir os esforços de Vilmarzinho. Vale lembrar que Vilmar Mariano é um político bem intencionado, que navega em mares sem GPS, com navios maiores dos quais tenta conduzir a cidadela. 

No início de maio, no entanto, o deputado Professor Alcides concedeu uma entrevista ao jornal O Hoje, em que reafirmou a missão. “Meu compromisso é apoiar a reeleição de Vilmar Mariano”, disse ele.

Depois, Alcides, em uma nova movimentação, contudo, selou a paz com o governador Ronaldo Caiado. Muito antes, Vilmar havia dito que era “base do Gustavo [Mendanha] e os projetos políticos dele fazem parte da minha rotina.”

A declaração havia chamado a atenção à época porque  Mendanha e Caiado são de grupos antagônicos. Disputaram a eleição do governo do Estado em 2022. Vilmar gostaria de ter o melhor dos dois mundos. Manter a parceria com Gustavo, mas atrair o governador e, sobretudo, o vice, Daniel Vilela, presidente do MDB – partido do qual ele e o ex-prefeito que o antecedeu fizeram parte. 

E parece que tudo deu certo. Daniel, de olho nas eleições de 2026, quando é o eventual candidato à sucessão de Caiado, já fez muito por Vilmarzinho. Muito mais do que algum passo para aproximar-se de Mendanha, seu maior aliado atual, já que Gustavo se mostrou um player forte para a disputa de 2026.

Enquanto existem os otimistas para a reeleição de Vilmarzinho, mesmo os que o apoiam e tenham alguma expectativa, outros vereadores tentam enxergam alguma chance de estar bem. Dois ouvidos pela reportagem já apontam para Glaustin da Foukus. “Ele pode viabilizar-se como o nome, é mais conhecido e pode contrapor aos erros do prefeito. O prefeito não costuma ouvir os vereadores. E olha que sou da base, defendo, mas não o vejo mais como um líder. É difícil entender como o Vilmar vai conseguir a reeleição”, disse. 

Já outro vereador, que se mantém mais na base, embora tente permanecer na neutralidade, acredita que Vilmarzinho pode ter dificuldade de labutar, nas palavras dele, contra nomes mais populares. “Eu sei que Vilmar tem um bom coração, uma boa expectativa, não é um político esperto, que pensa em si, mas ele vai ter que superar alguns problemas graves na gestão. Sei que ele tem buscado uma forma de resolver tudo isso, mas algumas pessoas ao redor dele não deixam ele chegar mais perto da Câmara, dos vereadores, que podem ajudar mais. Sei que ainda este ano ele vai abrir os olhos”, comenta outro.

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