Como será composta a CPMI de 8 de janeiro
Objetivo é investigar os atos golpistas contra os três Poderes naquela data
Por: Francisco Costa
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A leitura do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro deve ocorrer nesta quarta-feira (26). Ela tem por objetivo investigar os atos golpistas contra os três Poderes naquela data (participação, financiamento e incentivo).
Lida, ela entra na próxima fase: a indicação de membros pelos blocos partidários da Câmara e Senado – deputados e senadores devem ter o mesmo número. Quanto mais “forte” o bloco, mais influência para indicar e maior representatividade, inclusive na presidência e relatoria.
O maior bloco na Câmara, atualmente, é o superbloco organizado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para dar governabilidade ao governo Lula (PT) – ele será comandado nos primeiros anos por PSB e PDT, partidos de esquerda. Ao todo, são seis, sendo quatro com expressão.
- PP, União, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota, Cidadania e PSDB: 172 deputados;
- Republicanos, MDB, PSD, Podemos e PSC: 142 deputados;
- PL: 99 deputados;
- PT, PCdoB e PV: 81 deputados;
- Federação Rede-PSOL: 14 deputados;
- Independentes: 5 deputados.
No Senado, os blocos são mais favoráveis ao governo federal. São eles:
- Bloco Democracia (União, MDB, Podemos, PDT, PSDB e Rede): 30 senadores;
- Bloco Resistência Democrática (PSD, PT e PSB): 28 senadores;
- Bloco Aliança (Republicanos e PP): 10 senadores;
- Bloco Vanguarda (PL e Novo): 13 senadores.
Indicação do presidente
No caso da presidência, se não houver acordo, este é eleito. É ele quem conduz o ritmo dos trabalhos. Também cabe a ele resolver questões de ordem, aprovar requerimentos e desempatar a votação do relatório.
O relator, por sua vez, coleta os dados para o parecer sobre a investigação. O voto dele pode ser seguido ou não. Ele é designado após o presidente.