Segunda-feira, 01 de julho de 2024

PL terá candidatos em todo Estado, diz presidente da sigla em Anápolis

Segundo Hélio Araújo, meta do partido é eleger 60% dos chefes do Executivo de Goiás

Postado em: 25-04-2023 às 08h05
Por: Francisco Costa
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Segundo Hélio Araújo, meta do partido é eleger 60% dos chefes do Executivo de Goiás | Foto: Reprodução

Vereador por Anápolis, Hélio Araújo, do PL, diz que o partido poderá que o partido terá candidato a prefeito em todos os municípios do Estado. A meta é eleger 60% dos chefes do Executivo em Goiás, em 2024 – o Estado tem 246 municípios. 

Goiânia, Anápolis e Aparecida, os três maiores colégios eleitorais do Estado, claro, são os grandes objetivos. A capital tem o deputado federal Gustavo Gayer, o estadual Eduardo Prado e o ex-governadoriável, Major Vitor Hugo, como cotados. Este último, também não descarta a possibilidade de concorrer em Anápolis, terra de Hélio. 

O próprio Hélio, que é presidente do PL Anápolis e segundo suplente do senador Wilder Morais (PL), vale destacar, é um dos possíveis nomes que podem concorrer no município. Aparecida de Goiânia, ainda não há nomes definidos. O deputado federal Professor Alcides (PL), aliado do prefeito Vilmarzinho (Patriota), contudo, já foi mencionado, apesar de reforçar o apoio ao atual gestor. 

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Hélio, contudo, garante que não há nada definido. “Estamos organizando o PL em todo o Estado. Eu, Wilder, Gayer e Vitor Hugo atendemos mais de 20 prefeitos na última semana.” Ele não revela nomes, mas diz se tratar de conversas sobre filiações. 

Em Goiânia

O deputado Eduardo Prado já manifestou o desejo de disputar a prefeitura de Goiânia em 2024. O mais provável, contudo, é que o nome no páreo seja o de Gustavo Gayer, inclusive bancado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

O ex-chefe do Executivo tem como estratégia ter candidaturas competitivas nas capitas com vistas a 2026, se não for declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não há, neste momento, representante do bolsonarismo mais forte na capital que Gayer. Só em Goiânia ele teve mais de 83 mil votos para deputado. Atrás, apenas, de Silvye Alves (UB), que teve 117.297. Vale lembrar, em 2020 ele disputou o cargo e terminou em quarto lugar. 

A leitura de alguns políticos do alto escalão da política goiana é que o nome do parlamentar incomoda e compromete, especialmente, os planos do senador Vanderlan Cardoso e do atual prefeito da Capital, Rogério Cruz (Republicanos). 

Acontece que, em um cenário hipotético, ainda que Gayer não saia vitorioso da disputa do ano que vem, poderia minar votos de ambos os lados. Vanderlan, que para muitos teria perdido espaço em meio aos bolsonaristas, não seria capaz de figurar como representante do movimento em Goiás.

Anápolis

Em Anápolis, o caminho rumo à sucessão de Roberto Naves (PP) deve ficar entre Hélio e Vitor Hugo. O presidente do PL em Anápolis não confirma e nem descarta. É o clássico “estou à disposição”. 

Já Vitor Hugo, está entre o município e a capital. Na disputa ao governo de Goiás, ele teve 516,5 mil votos – ficando em terceiro, atrás de Gustavo Mendanha (Patriota), 879 mil; e Ronaldo Caiado (União Brasil), 1,8 milhão. Ao Jornal O Hoje ele lembra que foram mais de 117 mil votos na capital e outros 46 mil Anápolis. “Em algumas outras cidades, como Cristalina e Jataí tive proporções maiores. Mas são pequenas para me projetar para 2026.”

Além disso, Vitor Hugo aposta no trabalho como deputado. “Foram quase R$ 370 milhões em emendas em aproximadamente 200 municípios.” A maior parte em Goiânia e Anápolis. Ele explica que, deste montante, R$ 160 milhões já estão pagos. Outros R$ 120 mi estão empenhados e o restante está com “outras situações”. 

“Ainda há um trabalho imenso por fazer. Preciso ir nas cidades e mostrar que fui eu que fiz. Mas as cidades que me dediquei mais foram Goiânia, com R$ 40 mi em emendas, e Anápolis, com aproximadamente R$ 10 mi”, reforça. 

Com Gayer em Goiânia, Anápolis deve ser o caminho natural. Além disso, Vitor Hugo é figura próxima de Bolsonaro e deve ter a bênção do ex-presidente na disputa. Jair já disse que quer eleger mil prefeitos pelo PL no Brasil. Apoiar o ex-deputado não seria problema. 

Aparecida

A situação do deputado federal Professor Alcides vai depender de como estará o prefeito Vilmar Mariano, o Vilmarzinho, no ano que vem, é o que indicam analistas políticos. Em fevereiro, ele reforçou o compromisso com o gestor aparecidense. Em seguida, firmou uma aliança com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). 

Vilmarzin, por sua vez, tenta equilibrar a aliança de Gustavo Mendanha com uma aproximação com o gestor estadual. Eles – Mendanha e Caiado – até podem se aproximar, conforme sugerem informações de bastidores, mas ainda não aconteceu. Ou seja, Vilmar gostaria de ter o melhor dos dois mundos. Manter a parceria com Gustavo, mas atrair o governador e, sobretudo, o vice, Daniel Vilela, presidente do MDB.

Com Professor Alcides na base de Caiado, o deputado federal pode abrir caminho para uma aproximação de Vilmar da gestão estadual. Pode fazer com que, inclusive, ele migre de partido, deixando o Patriota e seguindo para o União Brasil ou o MDB. A situação, todavia, poderia afastá-lo de Mendanha, caso o ex-prefeito não concretize uma nova aliança com Caiado e Vilela.

Então, Professor Alcides, apontam analistas políticos, pode disputar a prefeitura de Aparecida de Goiânia caso Vilmarzinho não emplaque. Não seria a primeira vez. Ele já disputou a prefeitura da cidade, em 2016, ocasião em que foi derrotado por Gustavo Mendanha, sucessor de Maguito Vilela. Atualmente, contudo, ele está no segundo mandato de deputado federal.

Em entrevista ao Jornal O Hoje, em passado recente, o parlamentar disse que pretende continuar no Legislativo. O próximo passo, ele adiantou, será a Casa Alta. “Tenho projeto futuro de viabilizar minha candidatura ao Senado”, revelou. O que se fala não se escreve, especialmente na política. Tudo pode mudar.

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