Postulantes a 1ª vice da Câmara freiam articulações a espera de Policarpo

Presidente da Casa, todavia, espera que vereadores se viabilizem e conquistem maioria, o que ainda não aconteceu, revela fonte

Postado em: 26-04-2023 às 07h59
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Postulantes a 1ª vice da Câmara freiam articulações a espera de Policarpo
Presidente da Casa, todavia, espera que vereadores se viabilizem e conquistem maioria, o que ainda não aconteceu, revela fonte | Foto: Divulgação/ Câmara

Felipe Cardoso e Francisco Costa 

Desde a instalação da Comissão Especial de Inquérito que investiga a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), as articulações pela 1ª vice-presidência da Câmara de Goiânia esfriaram. Os interessados ainda seriam os mesmos – Geverson Abel (Avante), Leo José (Republicanos), Katia Maria (PT) e Aava Santiago (PSDB) –, mas neste momento de tensão na Casa eles estariam a espera de uma posição do presidente Romário Policarpo, diz uma pessoa com bom trânsito no legislativo.

Já fontes ligadas ao presidente do parlamento dizem que ele não irá interferir. Romário possui ampla maioria de aliados na Casa e não pretende se indispor com os vereadores por meio de uma escolha. “Isto seria transferir para ele a decisão, porque o que ficou acertado é que eles se viabilizassem.”

Continua após a publicidade

Romário é discreto e experiente. Ele não vai, simplesmente, se expressar. Ainda mais neste momento em que corre a CEI da Comurg na Casa. “Não tem ambiente”, reforça a fonte. “O vice só sairá depois da CEI.” O prazo regimental para o funcionamento da comissão é de 120 dias. 

Ainda conforme informado pelo fonte, o presidente não possui preferência, mas gostaria que o candidato construísse a maioria. “Até agora nenhum conseguiu. Então, por isso dizem que esperam por ele. Mas se ele toma partido e o ‘escolhido’ perde, fica ruim”, explica.

Em entrevista ao Jornal O Hoje, há cerca de um mês, Aava confirmou que toparia migrar de 3ª secretária da mesa, cargo ocupa, para a 1ª vice caso houvesse um desejo unânime entre os parlamentares. Apesar de Romário não ter preferência, ele tem boa relação com a tucana. 

Ainda à época, Aava comentou a demora na definição do cargo. Segundo ela, Policarpo estava “sentindo a temperatura” antes de iniciar o processo. Na ocasião, ela elogiou o colega. Segundo a vereadora, o líder é muito experiente e conhece bem o funcionamento da Casa.

Romário não quer errar

Romário vê longe. Ele pensa na prefeitura de Goiânia, mas não deve dar um passo maior que a perna. Ele deve trabalhar de maneira ativa nas eleições do ano que vem, mas sem “terra firme”, tende a trabalhar pela reeleição de olho, na verdade, nas eleições de 2026, antes de uma investida no paço. 

De fato, o nome de Policarpo ganhou musculatura na lista dos cotados especialmente após o racha entre a Câmara Municipal e a Prefeitura de Goiânia se tornar escancarado. 2024, contudo, tende a ser um pleito pesado.

Então, reeleito vereador, ele tende a pavimentar sua recondução à presidência da Casa — ambiente que, por sinal, Romário manobra com facilidade. Interlocutores próximos ao presidente dizem que em 2026, Policarpo lançará seu nome na disputa pela Câmara Federal. Uma vez consagrado ao cargo de deputado federal por Goiás, aí sim buscará com unhas e dentes lugar no Executivo municipal. 

É preciso dizer, ainda, que o presidente da Câmara de Goiânia estaria em busca por uma casa [partido] que lhe dê as melhores condições. O PT seria uma possibilidade – e, nesse caso, as conversas sobre a prefeitura poderiam até ganhar força. Romário, contudo, não quer errar. Ele não terá pressa para chegar nas posições políticas que almeja, avaliam fontes

Veja Também