Comissão Especial retira nome de Iris Rezende de relatório final

Comissão que investigou possíveis irregularidades na Saúde do município manteve pedido de afastamento da secretária de Saúde de Goiânia

Postado em: 19-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Comissão que investigou possíveis irregularidades na Saúde do município manteve pedido de afastamento da secretária de Saúde de Goiânia

Lucas de Godoi*

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O nome do prefeito Iris Rezende foi retirado do relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, tocada pela Câmara Municipal de Goiânia. O documento foi aprovado nesta sexta-feira, sem pedir o indiciamento de Iris. O presidente da CEI, vereador Clécio Alves disse ser contrário ao indiciamento pelos 60 anos de vida pública do prefeito sem nunca ter sido questionado judicialmente. O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela também não foi citado. 

O indiciamento de Iris Rezende havia sigo cogitado após ele sair em defesa da secretária municipal da Saúde, Fátima Mrué. Ele afirmou, em depoimento, que foi consultado, autorizou e se responsabiliza por todas as decisões da auxiliar. Nesta terça-feira, o prefeito declarou que seu pedido foi no sentido de cessar eventuais irregularidades. “Logo nas primeiras semanas, ela tomou atitudes recomendadas por mim. A recomendação: não vamos, em hipótese nenhuma, fechar os olhos para possíveis atos criminosos em prejuízo da população”, falou à rádio Bons Ventos. 

O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, também teve seu nome retirado do relatório. Os vereadores entenderam que os problemas identificados são da secretaria municipal. O ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que depôs na comissão, como convidado, para responder sobre a não aplicação do mínimo constitucional de 12% na Saúde, também não foi citado. O nome de Perillo foi retirado com o voto de minerva de Clécio Alves, que justificou “pelos mesmos motivos que não concordo em indiciar o prefeito Iris, também não concordo com indiciar o Marconi”, esclareceu.

Já o pedido de exoneração de Fátima Mrué foi mantido. No texto do relator diz que “a falta de gestão se manifesta em diversas frentes. Na perda de recursos como os do governo federal, destinados ao Samu; no desperdício de dinheiro público como no caso das latas de leite especial vencidas e nas decisões de assinatura de contratos lesivos sem licitações, com favorecimento de empresa em que há superfaturamento na manutenção de frota, caos no atendimento odontológico e seleção de pacientes para leitos de UTI”.  

(* Especial para O Hoje) 

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