PP e PT devem polarizar disputa à prefeitura de Anápolis

O Progressistas de Alexandre Baldy tomou gosto pelo poder em Anápolis, uma das cidades mais importantes de Goiás. Com Roberto Naves no segundo mandato, a legenda não deve pisar em falso quando a missão é escolher um nome competitivo para a corrida eleitoral do ano que vem. 

Como já se sabe, Naves, que tem muito a comemorar, sobretudo a vitória da esposa, Vivian Naves, na disputa a uma das 41 cadeiras da Alego no pleito passado, não pode disputar a reeleição. De alguma forma, Roberto é bem quisto em Anápolis. 

Em 2020, reelegeu-se em uma disputa contra um forte oponente: o petista Antônio Gomide que havia sido prefeito por duas vezes e, invejavelmente, tem uma popularidade acima da média na cidade, tendo o irmão, Rubens Otoni, como deputado federal pela sexta vez. 

Alguns aliados afirmam que, na disputa que se avizinha, Otoni, que ainda não chegou ao Executivo anapolino, pode disputar ao cargo. Mas, no PT municipal, há quase unanimidade pelo nome de Antônio Gomide que foi considerado um bom prefeito. 

Voltando ao PP de Alexandre Baldy, atualmente presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), o partido não vai poupar investimentos. Vale lembrar que o presidente nacional da sigla, o senador Ciro Nogueira, que foi ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, compreende bem a força de Anápolis. 

Ciro já validou diversos passos de Baldy que, pela confiabilidade, foi ministro das Cidades de Michel Temer e secretário na gestão de João Doria, em São Paulo. 

Além do nome do próprio Baldy para tentar escalar a confiança do partido na disputa à sucessão em Anápolis, tem Leandro Ribeiro que tenta viabilizar-se. 

Por enquanto, alguns políticos carimbados como preparados e intuitivamente competidores para a disputa, ainda não deram certeza se vão aceitar a empreitada de correr as ruas anapolinas. O fato é: o tempo urge. 

O jornal O Hoje publicou na edição do dia 14 de fevereiro informações sobre as bases do deputado estadual Antônio Gomide (PT). O parlamentar, por outro lado, teme que os planos se frustrem, como ocorreu em 2020 quando ele saiu derrotado do pleito para a reeleição de Roberto Naves. 

Prefeito por duas vezes, levando vantagem sobre adversários com alta porcentagem em votação, como em 2008, quando obteve, em segundo turno, 75,6% dos votos. Reeleito em 2012, o petista bateu um recorde: o prefeito mais bem votado na disputa em segundo turno. Ele alcançou 88,93% dos votos. 

Quatro anos depois de deixar a prefeitura, foi eleito vereador da cidade, se tornando uma voz opositora ao atual prefeito. Dois anos após chegar à Câmara, o PT apostou que Gomide seria eleito a uma das 41 cadeiras na Alego, o que se concretizou: teve 36.998 votos. Na eleição do ano passado, Gomide foi reeleito por 45.256 eleitores. Nos bastidores, no entanto, Gomide tem sido convencido por pares a concorrer à prefeitura de Anápolis pela terceira vez. 

Interlocutores petistas da cidade querem barrar uma guinada à progressista. Enquanto que o Partido dos Trabalhadores tem como grande aliado o presidente Lula da Silva, o PP, com Baldy na Agehab, tem um aliado no Palácio das Esmeraldas, o governador Ronaldo Caiado. 

Não é excessivo lembrar que Baldy esteve com Caiado na disputa à reeleição, como um dos três políticos que tentaram o Senado Federal. Blady, contudo, terminou em quarto lugar. Mesmo assim, 406.379 eleitores o escolheram para a única vaga ao Senado. 

Mesmo que Baldy não concorra à prefeitura de Anápolis, existe uma certeza: quem for apoiado por ele e, evidentemente, por Roberto, que já mostrou força ao contribuir com a eleição de Vivian Naves, pode ser um bom competidor. Mesmo tendo um dos caciques do PT na cidade como opositor.