Manifestantes bolsonaristas marcam primeiro ato em Goiânia após 8 de janeiro
A concentração ocorreu na Praça Tamandaré e na Praça Cívica
Por: Ícaro Gonçalves
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Goianienses apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na manhã de segunda-feira (1°/5) em meio a primeira manifestação de rua organizada após os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. A concentração ocorreu na Praça Tamandaré e na Praça Cívica.
O ato ocorreu no feriado do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora e da marca dos 80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Vestidos com camisas da seleção brasileira e empunhando bandeiras, os apoiadores do ex-presidente defendiam a derrubada do projeto de lei 2630/20, conhecido como projeto das fake news, que propõe a regulamentação de plataformas digitais como forma de combater a disseminação de informações notícias falsas.
Outro ponto abordado foi o repúdio à prisão do ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), coronel Benito Franco, detido pela Polícia Federal por participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Alguns cartazes também teciam críticas e ofensas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não interessa se estamos aqui em número pequeno, isso vai contagiando. Hoje estamos passando por um momento muito difícil. Não é fácil sair de sua casa após o STF determinar a prisão de vários irmãos nossos com denúncias genéricas. Eles tentaram calar a voz da direita do Brasil, mas não vão”, defendeu o deputado estadual Major Araújo (PL), presente no ato. Também compareceram o deputado federal Gustavo Gayer (PL) e o vereador Willian Veloso (PL).
Prisões
Até a data de hoje, 293 pessoas seguem presas por suposto envolvimento nos atos golpistas que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano. No dia dos atos e na manhã seguinte, chegaram a ser presas 2.151 pessoas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já ofereceu denúncia contra 1.390 pessoas ao Supremo Tribunal Federal. A Corte começou a analisar as denúncias em 18 de abril, quando se completaram 100 dias das invasões. Os ministros julgam em blocos se tornam ou não os acusados em réus.
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